Bolsonaristas no Ceará chamam Lula de "endemoniado", "cachaceiro" e "amigo de terroristas"; assista

Dra. Silvana e Alcides Fernandes chamaram Lula de "amigo de terroristas" e "cachaceiro"; Guilherme Sampaio acusou bolsonaristas de usarem a pauta como "cortina de fumaça"

13:09 | Fev. 20, 2024

Por: Ludmyla Barros
Dra. Silvana (PL) e Guilherme Sampaio (PT) protagonizaram os embates na Alece (foto: José Leomar/Alece/FABIO LIMA/O POVO)

As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de que o estado de Israel comete um "holocausto" no conflito em Gaza, geraram repercussão no legislativo estadual cearense.

Nesta terça-feira, 20, a deputada Dra. Silvana (PL) e o deputado Alcides Fernandes (PL) chamaram Lula, na Assembleia Legislativa, de "cachaceiro""amigo de terroristas", "endemoniado" e "louco", por ter "colocado o Brasil em uma guerra". Em resposta, o líder do PT Fortaleza, Guilherme Sampaio, acusou apoiadores de Bolsonaro de utilizarem a fala como "cortina de fumaça" aos crimes do ex-presidente.

Segundo Silvana, a comparação do presidente brasileiro afeta a todos os cristãos e Lula é "digno de ser impeachmado" por isso. A seguir, ela procedeu com diversas ofensas ao mandatário que, conforme a própria deputada, devem ser reproduzidas conforme citadas, palavra por palavra.

"Não é pra editar. Eu quero que fique a fala que eu estou dizendo. O presidente provou ser amigo de terroristas, quando rasgou a diplomacia e se meteu, dizendo algo contra uma nação que nós consideramos santa. Virou guerra santa quando o abestado, o louco, o endemoniado do presidente fala, dizendo em nome de todos os brasileiros. Pois ele não fala em nome desta deputada e em quem votou nesta deputada. Ele foi um louco, um retardado, um abestado", afirmou a deputada.

A deputada estadual Dra. Silvana (PL), nesta terça-feira, 20, criticou o presidente Lula (PT) por comparar as ações do estado de Israel com o "holocausto".

Dentre as ofensas, a parlamentar chamou o presidente de "amigo de terroristas", "endemoniado" e "louco". pic.twitter.com/NnPtLbQByO

— Jogo Político (@jogopolitico) February 20, 2024

Já Alcides Fernandes (PL), disse que achou que o presidente estava sob efeito de "cachaça, de bebida" e que Deus irá intervir na situação. "Ele reiterou o que falou. Eu tenho vergonha, como cristão. O Hamas é um grupo de terroristas, um povo que persegue o povo de Israel. Lula feriu a história de Isaac e de Jacó, mas a mão de Deus vai pesar sobre as palavras infelizes dele", afirmou.

Guilherme Sampaio defende Lula na Tribuna da Alece

Em seguida, o deputado Guilherme Sampaio pediu a palavra e subiu à Tribuna, defendendo o presidente e alegando que os deputados bolsonaristas deveriam se sensibilizar mais com o que está acontecendo em Gaza do que com qualquer frase do presidente brasileiro.

"Quero lembrar os senhores que o governo brasileiro e o presidente Lula foi o primeiro da história a pisar no solo de israel. Agora, assistir a esse genocídio, sem expressar indignação por mulheres e crianças e o crime maior do mundo ser a frase do Lula? Isso me causa muita estranheza", afirmou.

Em resposta, o deputado Guilherme Sampaio (PT), defendeu o presidente e reverteu o discurso, afirmando que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão usando a declaração de Lula como "cortina de fumaça para os crimes do ex-presidente". pic.twitter.com/CzzfyRwW3V

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O deputado petista também reverteu o dicurso e atacou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo Sampaio, a fala de Lula estava sendo usada pela base bolsonarista como "cortina de fumaça para os crimes do ex-presidente".

"Se indigna com a frase do Lula e chama o presidente de cachaceiro, vem trazer fake news, que ele defendia Hitler e era terrorista, quando o amigo de miliciano era o Bolsonaro? Estão colocando uma cortina de fumaça no que aconteceu e nos crimes que vão levar o Bolsonaro para a cadeira", disse Guilherme.

Dra. Silvana ainda subiu à Tribuna, reforçando falas anteriores de que Lula seria um "terrorista". Ela ainda exaltou os deputados federais cearenses que assinaram o processo de impeachment contra o presidente.

Com informações do repórter Guilherme Gonsalves