Malafaia: pastores são "covardes" por não se pronunciarem sobre operação da PF

Lideres evangélicos não veem a relação com Jair Bolsonaro (PL) como vantajosa. Malafaia afirma que eles, inclusive, têm medo de responderem suas publicações que criticam o STF

13:39 | Fev. 09, 2024

Por: Ludmyla Barros
Silas Malafaia, pastor (foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O pastor Silas Malafaia afirmou que colegas líderes evangélicos são “um bando de covardes” por se afastarem de Jair Bolsonaro (PL) agora que o ex-presidente é alvo de uma operação da Polícia Federal. Segundo ele, os pastores ainda evitam responder suas publicações que criticam o Judiciário brasileiro, por medo.

“São um bando de covardes e cagões históricos. Você sabia que, de um ano pra cá, desde que venho botando pra derreter o Alexandre [de Moraes], várias lideranças não respondem mais vídeos que posto, com medo de eu ser preso e pegarem meu celular?”, afirmou.

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As declarações foram dadas ao jornal Folha de S.Paulo. Malafaia critica ainda mais o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, alegando que considera "estúpido e esdrúxulo o que Moraes vem dizendo o tempo todo" no âmbito da operação da PF, autorizada por ele. Investigação apura tentativas de golpe de Estado e fraude nas eleições, por parte dos aliados e do próprio Bolsonaro.

Segundo o pastor, o ministro não preza pela transparência já que presidiu o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) durante a eleição. "Ele foi secretário de Segurança de Alckmin, candidato a vice numa chapa”, alega.

Ele ainda alegou que incentivou Bolsonaro a invocar as Forças Armadas no ano eleitoral de 2022, alegando que, segundo a Constituição, estavam sob a autoridade suprema do Presidente da República e que, portanto, deveriam fazer o que ele manda. 

Ainda conforme a Folha de S.Paulo, a falta de pronunciamento e apoio por parte dos demais líderes evangélicos se dá pelo fato de que eles não veem mais a relação com o ex-presidente como tão vantajosa. Um deles, que não foi identificado, teria dito que as acusações “complicam efetivamente a situação de Bolsonaro ante essa liderança cristã”. Portanto, apesar de não pronunciarem contra o ex-presidente, o grupo mantém-se em silêncio.