Deputados cearenses batem boca após megaoperação da PF que mirou Bolsonaro
O embate ficou entre apoiadores de Bolsonaro de um lado e apoiadores de Lula de outroA investigação da Polícia Federal que tem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados como alvos foi tema de discussão na sessão plenária desta quinta-feira, 8, na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
O assunto veio à tona no aparte do deputado Alcides Fernandes (PL). "Se vocês pensam que a esquerda está morta, ela está mais viva do que nunca. E vocês se preparem, porque quanto mais batem no presidente Bolsonaro, a direta está cada vez mais viva. A nossa bandeira jamais será vermelha".
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Líder do PT na Casa parlamentar, deputado De Assis Diniz trouxe ao Plenário à informação de que o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, foi preso.
"Me permita fazer este barulho: 'toc, toc, toc!' Acabou de ser preso. Sabe quem? Imagina? Presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Acabou de ir para o xilindró". As expressões usadas por ele fazem referência ao meme da ex-deputada Joice Hasselmann.
"As nossas instituições voltaram e voltaram para botar na cadeia quem cometeu crime, quem ousou dar golpe de Estado", seguiu De Assis.
Na tribuna, foi a vez do líder da bancada do União Brasil na Alece, deputado Sargento Reginauro. Ele começou o discurso questionando a comemoração do petista. Na ocasião, Reginauro também relembrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi preso. "O Brasil tem um presidente da República descondenado, não inocentado como o PT tenta dizer".
Alcides voltou a falar e também reclamou da postura de Diniz. Em dado momento, o petista solicitou um aparte a Reginauro. Ele, por sua vez, negou o pedido.
O líder do PT foi à Tribuna em dado momento da sessão e declarou: "O ódio propagado por uma pessoa que se diz pastor [em referência a Alcides]. É deplorável que um líder religioso use do ódio. Postura como essa tem que estar no campo da psicanálise, não da política".
Entenda investigação da PF
Deflagrada pela PF nesta quinta-feira, 8, a Operação Tempus Veritatistem tem como alvo militares que integraram o governo do ex-presidente Bolsonaro. A investigação gira em torno da existência de suposta organização criminosa que teria atuado numa tentativa de golpe de Estado.
Entre os investigados estão o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, o ex-ministro da Casa Civil general Walter Souza Braga Netto e o ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.