Professores protestam na Câmara e são recebidos por comissão de vereadores
Profissionais pedem, dentre outras coisas, aumento salarial da categoria. Proposta da PMF foi negada por não apresentar reajuste "real"Professores da rede municipal de Fortaleza se reúnem, nesta terça-feira, 6, com uma comissão de vereadores, após uma nova reivindicação na Câmara Municipal de Fortaleza. A categoria será acompanhada pelo vice-líder do Governo Sarto na CMFor, Didi Mangueira (PDT). Os profissionais pedem, dentre outras coisas, reajuste salarial da categoria.
Em paralisação desde 30 de janeiro, a classe ocupou a Câmara na última quinta-feira, 1º, e chegou a negociar diretamente com a Prefeitura de Fortaleza, na sexta-feira, 2. A proposta da gestão municipal, no entanto, foi negada. Segundo a vereadora Prof. Adriana Almeida, a PMF não havia atendido às solicitações.
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Ela explica que os 10% pedidos se referem a um ganho real. Isso inclui o que já existe da proposta do piso a nível nacional, de 3,62%, além de uma defasagem, que, segundo Adriana, existe desde 2017, durante a gestão do prefeito Roberto Cláudio (PDT). “O prefeito deixou de repassar o reajuste de 7,9% em 2017. Isso acumulou. Hoje nossa exigência é 10,09% em cima disso”, afirma ao O POVO.
Além disso, a sugestão de Sarto inclui a incorporação de um valor da regência de classe, benefício dos professores que trabalham efetivamente na sala de aula. O valor é de 20% e não está no vencimento base. A proposta, segundo a vereadora Adriana, tira 5,5% desse valor e coloca no vencimento.
“Ou seja, no que ele diz que são os 10%, não é. Nós não somos contra a incorporação da regência de classe no nosso vencimento base, isso é muito bom, o que a gente é contra é ele dizer que com isso, ele tá dando o reajuste real solicitado”, afirma Prof. Adriana.
Nova reunião definirá rumos da paralisação
Após uma série de manifestações e protestos desde o estabelecimento da paralisação, a categoria realizará uma nova Assembleia nesta quarta-feira, 7, para definir rumos e medidas. A reunião será na Escola Municipal de Tempo Integral (ETI) Filgueiras Lima, no bairro Jardim América, com início às 8 horas.
Além do reajuste, a greve, organizada pelo Sindicato União dos Trabalhadores em Educação de Fortaleza (Sindiute) Fortaleza pede recriação dos cargos de técnicos; revogação da lei que retirou dos novos professores o direito à licença-prêmio; a elevação do teto de contribuição dos aposentados e aplicação da CLT para os assistentes e professores substitutos.
Com informações da repórter Thays Maria Salles