Capitão Wagner diz que já foi espionado: "Isso é constrangedor"
Secretário da Saúde de Maracanaú afirmou não duvidar de espionagem ilegal a nível federal, tendo em vista situação vivida na esfera estadualO ex-deputado Capitão Wagner (União Brasil) comentou que já foi espionado “pelo aparelho de segurança do estado do Ceará”. A declaração aconteceu durante participação no podcast Jogo Político, do O POVO, nesta segunda-feira, 5.
“Olha, eu já fui espionado pelo aparelho de segurança do Estado do Ceará, comprovei isso. Denunciei. O Guardião me monitorou”, contou o pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza. “Eu cheguei a escutar uma ligação telefônica minha com outra pessoa. Isso é constrangedor, porque eu fiquei imaginando a minha intimidade com a minha esposa sendo exposta por um aparelho institucional”.
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Questionado por um internauta sobre a possibilidade de ser espionado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Wagner respondeu não duvidar da hipótese. “Não duvido. Se aconteceu a nível de estado, não duvido que aconteça a nível federal. Não duvido que tenha acontecido nada disso”.
E seguiu: “É lógico que as provas precisam ser apresentadas, mas eu não duvido de nada em relação à espionagem”, finalizou Wagner, que também é secretário da Saúde de Maracanaú, mas deve deixar o cargo até 29 deste mês para focar na pré-campanha ao Paço de Fortaleza.
A Abin é investigada pela Polícia Federal sob suspeita de espionagem ilegal durante governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre as suspeitas levantadas pela PF, estão o monitoramento ilegal de parlamentares de oposição ao governo Bolsonaro por meio do software First Mile, que acessa a geolocalização de celulares em tempo real; auxílio na defesa do senador Flávio Bolsonaro e de Jair Renan, filhos do ex-presidente, em investigações criminais; e ataque às urnas eletrônicas.
Além disso, é apurado possível levantamento de informações sigilosas sobre inquéritos de interesse da família Bolsonaro; uso ilegal de ferramentas de espionagem, inclusive programas para invasão de computadores; tentativa de ligar os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ao PCC; uso indevido do aparato de inteligência para monitorar uma promotora de Justiça do Rio que investigou o assassinato da vereadora Marielle Franco.
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