Para enfrentar facções criminosas, é preciso alianças com estados e municípios, diz Lewandowski
Ex-membro do Supremo tomou posse como ministro da Justiça e Segurança PúblicaRecém empossado como ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski pontuou, em seu discurso de posse, nesta quinta-feira, dia 1°, os desafios do combate ao crime organizado. Para lidar com a questão, afirmou, é preciso "aprofundar as alianças com Estados e municípios". Um trabalho, ressaltou, que já vinha sendo feito pelo seu antecessor, Flávio Dino.
"É preciso superar a fragmentação federativa e estabelecer um esforço nacional conjunto para neutralizar as lideranças das organizações criminosas e confiscar seus ativos, porque elas não podem sobreviver sem recursos para custear seus soldados e suas operações", afirmou. Em defesa de instrumentos de ressocialização, Lewandowski também declarou que não existem "soluções fáceis" e não basta "exacerbar as penas previstas" ou "promover o encarceramento em massa de delinquentes".
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Na cesta de solução para combater essas organizações, que disse estarem infiltradas até mesmo em órgãos públicos, Lewandowski falou em aprofundar os esforços para centralização de dados e inteligência das forças de segurança pública.
"Para além de reunir informações dos organismos ligados à segurança pública, buscaremos integrar nesse esforço outra entidades que possam contribuir para a identificação de movimentações financeiras e patrimoniais que alimentam as estruturas criminosas, com Receita Federal, Coaf, CNJ, os Tribunais de Conta, o Denatran e os Detrans, além de entidades da sociedade civil com poder de auto regulação, como a Febraban", completou.
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