18 prefeitos são presos em operações anticorrupção em Santa Catarina

As ações são realizadas desde o ano de 2022

Investigações que visam combater a corrupção em Santa Catarina já resultaram na prisão de 18 prefeitos do estado desde dezembro de 2022, dentre as quais 16 foram deflagradas por meio da Operação Mensageiro.

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Nos últimos dez dias, mais dois prefeitos foram presos, além de secretários municipais. A equipe foi alvo de novas investigações sobre esquemas em que empresas de serviços de limpeza urbana e de obras pagam propina a autoridades de Santa Catarina.

A operação mais conhecida é a Mensageiro, ligada à coleta do lixo. Dentre os alvos da investigação, está o grupo empresarial Serrana Engenharia, hoje intitulado Versa, e o empresário Odair Manrrich. Este confessou que realizou pagamento de propinas a vários gestores municipais do estado em troca de serviço de limpeza urbana.

Apenas nesta operação, o Ministério Público convenceu o Tribunal de Justiça a prender os 16 prefeitos, embora alguns já estejam soltos.

Os advogados da empresa afirmam que colaboram com a apuração dos fatos.

“O Grupo Serrana vem cumprindo fielmente o seu acordo de colaboração firmado com o Ministério Público, auxiliando a Justiça no pleno esclarecimento dos fatos relacionados à Operação Mensageiro, informou Leonardo Pereima, advogado do Grupo Serrana.

Até julho, a investigação já havia alcançado 20 municípios. Entre empresários, políticos, operadores e servidores, foram expedidos 40 mandados de prisão e 232 ordens de busca e apreensão.

Em novembro de 2023, a 5ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina condenou todos os 14 réus do núcleo empresarial. Os réus foram condenados pelo crime de organização criminosa na Operação Mensageiro.

Em uma cidade, Itapoá, mais de dez pessoas foram condenadas em setembro, sendo uma delas, o prefeito Marlon Neuber (PL).

A organização criminosa atuou no período de 2014 até 2022, conforme a Promotoria.

“A investigação identificou a existência de um mecanismo de enormes proporções, engendrado para a prática reiterada de fraude a licitações, corrupção ativa e passiva, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro (pelo menos), propulsor de uma organização criminosa encabeçada pelo Grupo Serrana e integrada por prefeitos e agentes públicos de diversas regiões do Estado de Santa Catarina, tendo como pano de fundo contratações de serviços públicos essenciais à população, sobretudo relacionadas à coleta, ao transporte e à destinação final de resíduos sólidos das cidades”, consta na denúncia do MP sobre o prefeito de Lages, Antonio Ceron (PSD).

Confira a lista de presos em operações anticorrupção

Partido MDB, 5 prefeitos

  • Corupá (SC) - Luiz Carlos Tamanini
  • Ibirama - Adriano Poffo
  • Massaranduba - Armindo Sesar Tassi
  • Pescaria Brava - Deyvisonn de Souza
  • Schroeder - Felipe Voigt

Partido PL, 4 prefeitos

  • Barra Velha (SC)** - Douglas Elias Costa**
  • Capivari de Baixo - Vicente Corrêa Costa
  • Itapoá - Marlon Neuber
  • Ponte Alta do Norte** - Ari Bagúio*

Partido PP, 4 prefeitos

  • Balneário Barra do Sul (SC) - Antônio Rodrigues
  • Guaramirim - Luiz Antonio Chiodini
  • Papanduva - Luiz Henrique Saliba
  • Tubarão - Joares Ponticelli

Partido PSD, 2 prefeitos

  • Lages (SC) - Antônio Ceron
  • Três Barras - Luiz Divonsir Shimoguiri

Outros partidos, 1 prefeito cada um

  • Bela Vista do Toldo (SC) - Alfredo Cezar Dreher (Podemos)
  • Imaruí - Patrick Corrêa (Republicanos)
  • Major Vieira - Adilson Lisczkovski (Patriota)

*Período: de dezembro de 2022 a janeiro de 2024. Alguns políticos já foram soltos. ** Investigações não vinculadas à Operação Mensageiro, Manrrich e à Serrana. Tratam de lixo e obras públicas. 

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