Ronnie Lessa afirmou que família morreria se ele falasse quem matou Marielle, diz advogado

Lessa, que é acusado de ser o autor dos disparos, apontou o nome do conselheiro do Tribunal de Contas (TCE-RJ) Domingos Brazão como um dos mandantes do crime

O ex-sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Ronnie Lessa, firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF) para colaborar com as investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A defesa de Lessa informou, ao jornal Folha de S.Paulo, que o cliente temia revelar quem foi o mandante do crime contra Marielle, uma vez que, “se falasse, a família dele morreria”.

"A única coisa que ele me disse, há uns dois ou três anos, é que ele sabia quem tinha matado a Marielle", afirmou Bruno Castro, um dos responsáveis pela defesa de Ronnie.

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“Acho que ele nunca comentou [sobre o interesse de fazer a delação] por saber que meu escritório não faz esse tipo de acordo", completou.

Lessa, que é acusado de ser o autor dos disparos, apontou o nome do conselheiro do Tribunal de Contas (TCE-RJ) Domingos Brazão como um dos mandantes do crime.

A defesa de Lessa disse que prefere não confirmar o que houve na delação do cliente, pois ele próprio não foi informado oficialmente. "Por ideologia jurídica não atuamos para delatores", disse. 

Comitê 'Justiça por Marielle e Anderson' vê com preocupação vazamento de informações

Nesta terça-feira, 23, o Comitê "Justiça por Marielle e Anderson" publicou uma nota expressando preocupação com o vazamento de informações da investigação contra os mandantes do crime.

“O Comitê Justiça por Marielle e Anderson vê com preocupação o vazamento de informações que possam comprometer a condução das investigações e os ritos processuais adequados. Aguardamos com esperança que a delação de Ronnie Lessa apresente de fato novos elementos probatórios que representem um avanço significativo na busca por justiça”, consta no documento.

O pronunciamento surge após informações de que o ex-sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Ronnie Lessa, fecharia um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF). Lessa é apontado como o autor dos disparos que executaram a vereadora fluminense e o motorista dela.

Na nota pública, o comitê reforça que não aceitará “que o Caso Marielle e Anderson seja simplificado e interpretado apenas como objeto de disputas e interesses pessoais ou de grupos políticos”. 

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