Padre Lancellotti: Arquidiocese arquiva denúncia e aponta "interesses políticos"
Em nota, Arquidiocese afirmou que conteúdo é referente a uma suposta interação íntima entre o sacerdote e um jovem menor de idade
A Arquidiocese de São Paulo arquivou denúncia contra o padre Júlio Lancellotti, cujo nome foi envolvido em suposto caso de pedofilia. O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (UB), afirmou que possuía grave denúncia contra o sacerdote. A suspeita envolveria suposta chamada de vídeo íntima entre ele e um jovem menor de idade.
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Ele nega todas as acusações. O conteúdo, entretanto, já havia sido divulgado em 2020. Naquele ano, a Cúria Metropolitana de São Paulo realizou investigação, sem chegar a nenhuma conclusão que incriminasse Lancellotti.
"Concomitantemente, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) passou a investigar a dita denúncia, conforme inquérito aberto junto ao Setor de Atendimento de Crimes da Violência contra Infante, Idoso, Pessoa com deficiência e Vítima de tráfico interno de pessoas", diz a nota publicada no site da Arquidiocese de São Paulo.
E segue: "O MPSP, considerando ausência de materialidade, a seu tempo, emitiu parecer contrário à instauração de uma ação penal, acompanhando pelo D. Juiz que decidiu pelo arquivamento do inquérito".
A Arquidiocese diz não ter chegado à convicção suficiente sobre a materialidade da denúncia, motivo pelo qual toma em consideração as conclusões do Ministério Público e da Justiça paulistas. "Distante de interesses ideológicos e políticos, com serenidade e objetividade, a Cúria Metropolitana de São Paulo permanece atenta a ulteriores elementos de verdade sobre os fatos denunciados", encerra nota assinada pelo padre Michelino Roberto, vigário episcopal para a Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de São Paulo.
Confira a nota na íntegra
"A Arquidiocese de São Paulo, mediante ofício enviado por e-mail ao vereador Milton Leite, presidente da Câmara Municipal de São Paulo, no dia 6 de janeiro, protocolado na Câmara Municipal no dia 8 sucessivo, solicitou-lhe que fosse enviado o material referente à suposta denúncia contra o Padre Júlio Renato Lancellotti. Finalmente, na tarde do dia 22 de janeiro, o material foi entregue na Cúria Metropolitana de São Paulo.
Tomado conhecimento do material recebido, constatou-se que se trata do mesmo conteúdo divulgado em 2020. Naquela ocasião, a Cúria Metropolitana de São Paulo, conforme prescrevem as normas da Igreja para esses casos, realizou um procedimento investigativo para apurar a denúncia recebida.
Concomitantemente, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) passou a investigar a dita denúncia, conforme inquérito aberto junto ao Setor de Atendimento de Crimes da Violência contra Infante, Idoso, Pessoa com deficiência e Vítima de tráfico interno de pessoas. O MPSP, considerando ausência de materialidade, a seu tempo, emitiu parecer contrário à instauração de uma ação penal, acompanhado pelo D. Juiz que decidiu pelo arquivamento do inquérito.
A Arquidiocese de São Paulo, não chegando à convicção suficiente sobre a materialidade da denúncia e considerando as conclusões do MPSP, bem como da Justiça Paulista, também decidiu pelo arquivamento e informou a Santa Sé.
Distante de interesses ideológicos e políticos, com serenidade e objetividade, a Cúria Metropolitana de São Paulo permanece atenta a ulteriores elementos de verdade sobre os fatos denunciados.
São Paulo, 23 de janeiro de 2024.
Padre Michelino Roberto
Vigário Episcopal para a Pastoral da Comunicação
da Arquidiocese de São Paulo"