Saiba quem são os apontados como envolvidos no caso Marielle Franco
Ronnie Lessa é apontado como atirador; Élcio de Queiroz, motorista do carro que levou o atirador para o local do crime; Maxwell ajudou no monitoramento de Marielle; e Domingos Brazão, o mandante dos assassinatosEm delação premiada, Ronnie Lessa apontou o ex-deputado Domingos Brazão como um dos mandantes dos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes. A informação do Intercept Brasil foi divulgada nesta terça-feira, 23.
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Lessa é um ex-policial militar acusado de matar a vereadora do Rio de Janeiro e o seu motorista. Além dele e de Brazão, outros nomes surgem em delações premiadas como envolvidos no crime ocorrido em março de 2018, que terá um "resposta final no primeiro trimestre" de 2024, conforme previu o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
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Ronnie Lessa
O ex-policial do Bope Ronnie Lessa é apontado como autor dos disparos de arma de fogo que mataram a vereadora Marielle Franco (Psol) e o motorista Anderson Gomes. Ele foi preso em março de 2018 e condenado em julho de 2021. Lessa, a esposa, o cunhado e dois amigos teriam jogado no mar armas, uma delas teria sido usada nas mortes.
Ele foi apontado como atirador do crime na delação premiada de Élcio Queiroz. Lessa, por sua vez, também fez o acordo de colaboração na qual o réu recebe benefício em troca da colaboração com o Estado, seja na resolução ou na prevenção de crimes, por exemplo.
Élcio Queiroz
Ex-policial militar, Élcio Queiroz dirigiu o carro para Ronnie cometer o crime. Da PM, ele foi expulso em 2015. Foi preso em março de 2019, um ano depois dos assassinatos.
Ele quem apontou Lessa como atirador e Maxwell Simões, ex-bombeiro, como responsável por monitorar a rotina da vereadora.
Maxwell Simões Corrêa
Ex-bombeiro, Maxwell Simões Corrêa teria participado de ações de vigilância e acompanhamento de Marielle. Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, Maxwell atuou dando "apoio logístico de integração" aos demais envolvidos. Ele também teria ajudado na ocultação de provas.
O ex-bombeiro já foi preso suspeito de envolvimento nos assassinatos. Em 2020, Maxwell foi deitado acusado de tentar obstruir as investigações. Em 2021, foi condenado.
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Domingos Brazão
Conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, de 58 anos, é apontado por Lessa como um dos mandantes do assassinato de Marielle e Anderson. As informações são do Intercept Brasil. O nome dele surgiu pela primeira vez em 2019 e voltou à tona no fim de 2023, na delação premiada do ex-PM Élcio Queiroz.
Ele foi deputado estadual por cinco mandatos seguidos, que não passaram ilesos de polêmicas e suspeitas de corrupção. Brazão é líder de um grupo político da zona oeste do Rio. Já foi acusado de improbidade administrativa, fraude, máfia dos combustíveis e envolvimento com milícias na compra de votos e formação de curral eleitoral.
Conforme apuração do Intercept, a motivação que teria colocado Brazão no comando do crime seria uma suposta vingança contra o ex-deputado Marcelo Freixo (PT), à época no Psol. Marielle trabalhou com o parlamentar por 10 anos e Brazão sempre entrou em disputas políticas com Freixo quando também integrava a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
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