Lulistas e bolsonaristas trocam acusações após delação de Ronnie Lessa

De um lado, parlamentares alegam relação de Brazão com PT. Do outro, apontam proximidade entre família de Bolsonaro e do ex-deputado estadual

Parlamentares que apoiam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) travam embates nas redes sociais a relação de Domingos Brazão com seus respectivos adversários. A movimentação acontece após delação premiada apontar o ex-deputado do Rio de Janeiro como mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes.

O nome de Brazão retornou ao caso após colaboração de Ronnie Lessa, atirador do crime. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 23, pelo Intercept Brasil. A delação, no entanto, precisa ser protocolada pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

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De um lado, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) questiona a relação do suspeito com o PT. "Por que um petista mandou matar Marielle?", publicou na plataforma X, antigo Twitter. O colega de Câmara, André Janones (Avante), respondeu Nikolas nas redes sociais. Na ocasião, ele compartilhou um vídeo em que o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil), irmão de Domingos, aparece em carreata pró-Bolsonaro.

"Desmentindo o deputado chupeta e a extrema direita. A família Brazão votou Bolsonaro, assim como o Bolsonaro já declarou voto no Lula. O Nikolas mente por uma única razão, ele é o diabo em pessoa" [sic], escreveu Janones.

Enquanto isso, o deputado federal Deltan Dallagnol (Novo) compartilhou uma foto em que o ex-deputado estadual aparece com um adesivo de campanha da então candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT).

"Quem mandou matar Marielle? Ronnie Lessa afirmou em delação que Domingos Brazão, conselheiro do TCE/RJ, seria o mandante. Domingos foi preso pela operação Lava Jato em 2017, mas depois foi SOLTO pela justiça e reconduzido ao cargo. Marielle foi assassinada em 2018", afirmou Dallagnol em sua conta no X.

Guilherme Boulos (Psol), por sua vez, apontou relação entre Brazão e o ex-presidente. "O nome de Brazão já havia aparecido outras vezes nas investigações e levantou mais suspeitas quando, em 2019, Bolsonaro concedeu passaporte diplomático a familiares do acusado".

E continuou: "Depois de 5 anos e 10 meses sem nenhuma resposta, começamos a caminhar em direção à justiça. As investigações continuam, e nós seguimos acompanhando até saber com certeza quem mandou matar Marielle".

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Lula Bolsonaro delação premiada Marielle Franco Ronnie Lessa Domingos Brazão mandante

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