Procurada pelo FBI, Patrícia Lélis deixa vazar sua localização em rede social

O vídeo foi publicado em uma discussão com um internauta que duvidou que uma suposta troca de mensagens entre Patrícia e um comentarista político norte-americano fosse real

16:48 | Jan. 17, 2024

Por: Agência Estado

A jornalista brasileira Patrícia Lélis, de 29 anos, que está sendo procurada pelo governo dos Estados Unidos, pode ter deixado escapar sua localização atual. Em resposta a mensagens de usuários no X, antigo Twitter, ela postou uma gravação da tela do seu celular onde é possível ver informações sobre a temperatura e o local onde o celular está, chamado "Cuauhtémoc", no México.

A informação aparece no final do vídeo, no canto inferior da tela. A data da gravação é esta terça-feira, 16. O vídeo foi publicado em uma discussão com um internauta que duvidou que uma suposta troca de mensagens entre Patrícia e um comentarista político norte-americano fosse real.

Patrícia afirmou, em resposta a outro usuário no começo da tarde desta quarta-feira, 17, que "está calmíssima, na praia inclusive". Ela manda outra usuária ir "lavar banheiros" e responde que está no país legalmente. "Tem que ser muito burra para achar que o USA não sabe onde estou, sendo que não estou ilegal em nenhum país, entrei com minha documentação e pedido de asilo se torna público entre governos. É cada coisa..."

No Google Maps, há várias localidades para o termo "Cuauhtémoc", todas no México - com exceção de uma praça no Rio de Janeiro. Entre nomes de bairros e cidades, a única localidade com esse nome que fica na praia está no distrito de Veracruz, banhado pelo Golfo do México, e fica praticamente "em linha reta" com Miami.

Patrícia é acusada por fraudes financeiras avaliadas em US$ 700 mil, o que equivale a mais de R$ 3,4 milhões nos Estados Unidos.

De acordo com autoridades do Estado da Virgínia, ela prometia regularizar a situação de estrangeiros no país por meio de um visto que fornece residência e, em alguns casos, cidadania mediante investimento em empresas norte-americanas. Patrícia se apresentava como mediadora do processo, mas captava os recursos das vítimas para sua conta bancária pessoal.

"Torrou uma grana reformando casa nos EUA e agora se escondendo no norte do México, que fase hein kkkk", escreveu um usuário. Outros ainda marcaram o perfil no FBI na publicação.

Como na mesma tela há uma notificação de uma plataforma de hospedagens, outro usuário "avisou" o FBI de que ela está em algum imóvel oferecido pela plataforma, na localidade de Cuauhtémoc.

Na noite desta terça-feira, 16, ela usou seu perfil no X para se defender. "Eu não devo explicações para ninguém aqui. Vocês acham que internet é feita para ser tribunal, e não assim é que as coisas funcionam".