Sob presidência de Flávio Torres, PDT vai avaliar comissões montadas por Cid no Interior

Os novos nomes indicados passaram pelo aval da cúpula pedetista no Ceará. Mudanças já começam a partir desta segunda-feira, 15

22:02 | Jan. 14, 2024

Por: Júlia Duarte
PDT empossou Flávio Torres como presidente interino do PDT e a previsão é que até o meio do ano eleições sejam feitas (foto: AURÉLIO ALVES)

A partir desta segunda-feira, 15, o PDT no Ceará iniciar o processo de recomposição das comissões e diretórios nos municípios do interior, umas das atividades que vinham sendo feitas pelo senador Cid Gomes, anunciado para sair do partido. A intenção é colocar “nomes de confiança” da cúpula pedetista no Ceará, como o deputado André Figueiredo e o ex-prefeito Roberto Cláudio.

A movimentação acontece na gestão do ex-senador Flávio Torres (PDT) que assumiu a comissão provisória, após o fim do mandato de Cid, findada em 31 de dezembro do ano passado. A sigla quer oxigenar o partido e conseguir ser atrativa para novas lideranças, em uma tentativa de estancar a queda no número de filiados com o anúncio da saída de “blocão” aliado ao senador. Cid deve se filiar em 4 de fevereiro ao PSB e, possivelmente, a sigla será a nova casa de seu grupo.

Essa reorganização é parte prioritária do processo, como conta o ex-senador. “Viajar pelo Interior, o André, Roberto. Nós só vamos encaminhar para o TRE aquelas comissões (municipais) aprovadas por uma comissão que é o André, o Roberto Cláudio e os três deputados estaduais. Eles vão definir critérios, quem são as pessoas que a gente aceita e vai dar ao partido uma uniformidade”, disse.

Questionado se isso mudaria as composições feitas por Cid, o presidente interino do PDT -CE confirmou. “Acho que vamos desfazê-las, porque vamos colocar nas comissões provisórias as pessoas nas quais nós confiamos, que nós confiamos, as pessoas que vão sair na janela em março, não tem como trabalhar com elas. Elas estão de partida”, afirmou.

Quando foi firmado acordo para que Cid assumisse a presidência, ainda em julho do ano passado, a intenção era que o senador recompusesse dos diretórios no Interior e que houvesse o fortalecimentos das lideranças com foco já nas candidaturas de prefeitos e vereadores em 2024. O senador chegou a fazer mapeamentos sobre as condições das comissões nos municípios. No entanto, após o cabo de guerra pela presidência, com acusações de que Cid estaria trabalhando "contra" a sigla, o senador decidiu sair do partido.  

Roberto Cláudio ressaltou ainda que a reconstrução será feita "município a município", sendo tocada pelo grupo dele, o presidente nacional André Figueiredo e os três deputados estaduais alinhados aos interesses da sigla: Antonio Henrique, Queiroz Filho e Cláudio Pinho. "Ao mesmo tempo, não deixar de pensar na tática partidária, que é isso que essa comissão vai fazer a partir de segunda-feira. Isso é um pedaço do que o partido quer fazer", disse RC.

A previsão de Torres é que até o meio do ano o grupo já tenha se reestabelecido e consiga realizar eleição para um diretório formal e oficial, com cerca de 80 membros.