PDT aguarda oficialização do TSE para confirmar nova comissão provisória no Ceará

Mandato do antigo diretório estadual pedetista no Ceará teve a vigência encerrada em 31 de dezembro; partido aguarda a entrada da inscrição no sistema da Justiça Eleitoral

13:04 | Jan. 09, 2024

Por: Vítor Magalhães
Cid Gomes e André Figueiredo travaram batalha pelo comando do PDT no Ceará; Flávio Torres (mais à esquerda) deve assumir comando da comissão provisória pedetista no Ceará (foto: Assessoria Cid Gomes/divulgação)

O PDT, comandado nacionalmente de forma interina pelo deputado federal cearense André Figueiredo, já enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a inscrição para constituir uma nova comissão provisória no Ceará. O ex-senador Flávio Torres é o indicado para a presidência; a vice-presidente indicada é Cristina Brasil e o vereador de Fortaleza e líder do prefeito José Sarto (PDT) na Câmara, Iraguassu Teixeira Filho, assumirá a tesouraria.

O mandato do antigo diretório estadual pedetista no Ceará teve a vigência encerrada em 31 de dezembro. O diretório estava sob o comando do senador Cid Gomes (PDT), com quem Figueiredo travou disputa por meses pelo comando local da sigla, com direito a disputas judiciais.

Os nomes que devem assumir a nova comissão provisória são todos mais alinhados ao grupo de André, que conta ainda com nomes como Ciro Gomes (ex-ministro), Roberto Cláudio (ex-prefeito) e Sarto. O partido aguarda a oficialização da inscrição no sistema da Justiça Eleitoral. Até às 12h35min desta terça-feira, 9, ainda não constavam no sistema da Justiça Eleitoral registros de comissões/diretórios ativos.

A crise interna no PDT cearense fez com que o partido sofresse baixas, com prefeitos e parlamentares anunciando saídas ou tentando, judicialmente, deixar o partido sem perder mandato. Além de Cid Gomes, que deve ir para o PSB, mais de 40 prefeitos devem sair do PDT. Com isso, a nova comissão provisória terá que trabalhar para reestruturar a legenda no Interior e se preparar para a eleição de 2024.

Neste cenário, a Capital, gerida por José Sarto, passa a ser uma prioridade do grupo político pedetista. Sarto tentará a reeleição num cenário em que o grupo estadual comandado pelo PT deve lançar nome próprio. Além disso, partidos da oposição mais à direita, como União Brasil e PL, projetam candidaturas competitivas para o ciclo atual.