Padre Júlio afirma que recebeu ligação de Moraes oferecendo auxílio sobre CPI
O religioso afirmou conhecer o ministro desde quando Moraes era secretário de Justiça de São Paulo. Ele ocupou o cargo entre 2002 e 2005O padre Júlio Lancellotti afirmou ter recebido uma ligação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que disse estar “juntando informações” sobre a possível Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará a relação do sacerdote com entidades paulistas.
“Ele (Moraes) disse que está juntando todas as informações e, para isso, também ia conversar com o presidente da Câmara de São Paulo”, afirmou Lancellotti em entrevista à CNN Brasil.
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O magistrado também ofereceu auxílio ao religioso no que se refere a assuntos relacionados à CPI. “(Moraes disse que) manifestava apoio e solidariedade, e, naquilo que fosse necessário, que nós o acionássemos”, comentou.
O religioso afirmou conhecer o ministro desde quando Moraes era secretário de Justiça de São Paulo. Ele ocupou o cargo entre 2002 e 2005.
CPI das ONGs
A intitulada CPI das ONGs, de autoria do vereador Rubinho Nunes (União), visa apurar a conduta de Lancellotti na cracolândia e a relação dele com as organizações não governamentais (ONGs) que atuam na região central de São Paulo.
O vereador articulou, junto à cúpula do Legislativo, uma negociação para instalação da CPI após ter conseguido as 24 assinaturas necessárias para protocolá-la.
Rubinho acusa duas organizações, a Craco Resiste e o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecido como Bompar, de promoverem uma "máfia da miséria", que "explora os dependentes químicos do centro da capital". O padre já foi conselheiro do Bompar e desenvolve um dos principais trabalhos sociais na capital paulista.
Lancellotti, de 75 anos, é taxado de “esquerdista” por políticos da extrema direita e teve atuação incentivada pelo papa Francisco. Em 2020, o pontífice ligou para Lancellotti e recomendou que ele não desanimasse do trabalho de ajuda aos pobres, mesmo diante de todas as dificuldades.
O sacerdote é coordenador da Pastoral do Povo de Rua e trabalha há mais de 40 anos com a população desabrigada de São Paulo. Ele serve café da manhã, distribui roupas e livros para cerca de 900 pessoas por semana.
Ele também acumula reconhecimentos oficiais e premiações em direitos humanos, concedidos por entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Movimento Nacional de Direitos Humanos, Ministério da Justiça e da Segurança Pública, Câmara dos Deputados e Presidência da República.
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