Gilmar Mendes determina que PGR verifique omissões de Bolsonaro durante pandemia

No despacho, encaminhado ao novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, o magistrado pontua já ter declarado "invalidade absoluta" do parecer da instituição

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) analise as eventuais omissões do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia de covid-19.

No despacho, encaminhado ao novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, o magistrado pontua já ter declarado “invalidade absoluta” do parecer da instituição, assinado pelo ex-procurador Augusto Aras, que poupou o ex-mandatário de responsabilidade.

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A decisão de Gilmar é do último dia 19 de dezembro, no entanto, por ser sigilosa, só foi divulgada recentemente pela revista Veja. Em julho, o ministro já havia desarquivado a investigação, que tinha como alvo outros integrantes da gestão Bolsonaro, como o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, agora deputado federal, e Fabio Wajngarten, ex-secretário da Comunicação da Presidência da República.

A abertura do inquérito teve como base o relatório final da CPI da Covid, e visa investigar “ações e omissões” no âmbito do ministério durante a gestão de Pazuello, principalmente depois do colapso que houve no sistema de saúde do Amazonas, no início de 2021. Mais de 60 residentes do estado morreram por falta de oxigênio e mais de 500 pacientes foram transferidos às pressas para hospitais em outros estados.

Já o ex-secretário de Comunicação tornou-se alvo de investigação por não ter cumprido a missão de informar a população brasileira sobre como diminuir as chances de contrair a doença. Wajngarten também é mencionado por ter lançado uma campanha, cujo lema era “O Brasil não pode parar”, no período em que era recomendado o isolamento social e a adoção de medidas de distanciamento social.

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