André fala em "tristeza" com saída de Cid e aliados, mas diz que assunto é "página virada"

O deputado que, historicamente, é também presidente estadual da sigla, disse ainda que Cid era quem comandava os "rumos desse grupo político"

Presidente nacional do PDT, o deputado André Figueiredo disse ter ficado "um pouco triste" com a saída do senador Cid Gomes da sigla acompanhado de bloco de 40 prefeitos. Em fala à Rádio O POVO CBN nesta sexta-feira, 29, ele apontou o empenho da sigla em receber "de braços abertos" o grupo no passado, mas ressaltou que a situação agora é "página virada". 

O mesmo não pode ser dito dos deputados que tentam deixar a legenda. No caso específico do presidente da Assembleia Legislativa (PT), Evandro Leitão (PT), Figueiredo avaliou que agora cabe ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) avaliar se ele pode sair sem perder o mandato. Instância estadual decidiu pela possibilidade e Evandro já foi filiado ao PT em dezembro este ano.

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"A saída do Evandro, diferentemente do restante do grupo, foi motivado pelo desejo pessoal dele de ser candidato à Prefeitura de Fortaleza, ele que tive a honra de filiar", disse. E seguiu: "É uma página virada que a Justiça Eleitoral a nível nacional vai resolver se ele tem ou não esse direito de sair do partido levando o mandato. O direito de sair ele tem, mas o mandato pertence ao partido que o elegeu".

"Quanto ao restante do grupo do senador Cid", continuou, "evidentemente a gente não pode deixar de ficar um pouco triste porque nós os recebemos em 2015 com as portas abertas, demos toda a infraestrutura nos municípios a cada um dos deputados estaduais e federais votados", afirmou. 

O deputado, que, historicamente, é também presidente estadual da sigla, disse ainda que Cid era quem comandava os "rumos desse grupo político", apesar de não estar oficialmente na presidência estadual. Relembrando o processo eleitoral de 2022, que desembocou no racha entre PT e PDT, Figueiredo disse que a ausência de Cid da articulação gerou "constrangimentos". No período, Cid optou por uma posição política retraída e evitou interferir, segundo ele, para não criar divergências com o irmão Ciro Gomes (PDT).

"O senador Cid, ele mesmo não tendo a presidência de forma oficial, era ele que comandava os rumos desse grupo político, mas infelizmente, de 2022 para cá, começou a causar, digamos assim, constrangimentos com a própria ausência do senador Cid do cenário político estadual onde nós, democraticamente, optamos pelo Roberto Cláudio para ser nosso candidato e acabou gerando toda essa celeuma ao longo do ano", disse.

Ele voltou a reiterar que a situação era "página virada". A legenda, segundo ele, vai focar na reeleição de José Sarto (PDT) em Fortaleza e em fazer um "bom número de prefeitos e vereadores no Estado". 

Ação de deputados do PDT

O pedetista chamou de "mentiras absurdas" as informações que constam na ação protocolada por 14 deputados estaduais pedindo desfiliação do PDT por justa causa. "Chega a ser brincadeira eles quererem enveredar por mentiras absurdas que a peça jurídica colocou no processo para justificar o injustificável que é a saída deles por justa causa, é vergonhoso uma argumentação daquele", disse.

Ele afastou ainda as acusações de atuar com "autoritarismo", como alegam os deputados no documento. "Quem me conhece sabe que eu nunca tive características ditatoriais, de mandar nos outros, nunca tive essa característica, diferente de outros que tem. É uma peça absurdamente fantasiosa que tenta justificar o que não tem justificativa", ressaltou.

Os autores da ação afirmam que os parlamentares enfrentam no PDT uma situação de verdadeira "guerra política dentro do próprio partido", tendo como o epicentro do embate a gestão do Diretório Nacional, o deputado federal André Figueiredo.

No processo é dito que a liderança do atual presidente do PDT Nacional resultou no fim da convivência pacífica e harmoniosa anteriormente no partido. É citado também o progressivo tensionamento entre os dois grupos políticos, de um lado o de Figueiredo e do outro o de Cid Gomes.

"No segundo semestre de 2023, o progressivo tensionamento entre os dois grupos políticos do PDT-CE tem aumentado, sendo marcado por graves discriminações políticas e pessoais vis e desmedidas. Os Autores desta ação foram alvos de uma perseguição implacável, orquestrada pelo Sr. André Figueiredo e seus aliados, que abandonaram qualquer pretensão de aderência aos princípios programáticos do partido, entregando-se a uma gestão autocrática e egoísta focada em interesses pessoais, oscilando entre arbitrariedades e evidentes atentados à democracia ao não aceitar decisões judiciais que estão em pleno vigor, além das deliberações da maioria dos membros do Diretório Regional legitimamente eleitos", diz.


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Cid Gomes André Figueiredo PDT eleições 2024

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