Relembre os 15 maiores barracos que marcaram a política cearense em 2023

O POVO selecionou algumas das dissidências mais polêmicas no ano de 2023. Confira retrospectiva

O ano de 2023 foi marcado por diversas confusões protagonizadas por integrantes da política cearense. As discussões foram realizadas tanto no ambiente virtual quanto presencial. O POVO selecionou 15 das dissidências mais marcantes no ano de 2023, relembre:

3 de dezembro: "tapão" do Ciro 

No início do mês de dezembro, o ex-presidenciável, Cid Gomes (PDT) deu um tapa no rosto de um homem que o chamou de bandido. A agressão foi cometida durante um show de samba em Fortaleza, na noite do dia 3 de dezembro, domingo.

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O vídeo foi divulgado pelo O POVO e foi gravado pelo próprio agredido. O homem, identificado como Tiê Rocha, se filmou durante toda a cena. Na gravação é possível ver o momento em que ele se aproxima de Ciro e o provoca. "Diz para nós como é que rouba a população sem ser preso?".

O ex-presidenciável, que estava em uma área reservada do show, separado do homem por uma grade, rebate: "Quem deve saber isso é bandido, eu não sou".

Tiê insiste e afirma que Ciro "é bandido", ao que o político responde com um tapa na cara. No vídeo, não é possível ver o momento da agressão, por causa do movimento do celular.

"Tu deu na minha cara, seu racista?", questiona o homem. Ciro, então, admite: "Para você aprender a me respeitar".

Ciro se afasta da grade da área reservada, e o homem, se dirigindo à câmera com que se filmava, afirma: "Ciro Gomes deu na minha cara". Ele diz ainda que iria chamar a Polícia Militar.

29 de setembro: briga na reunião do PDT

Outro caso de briga também envolve o PDT, partido de Ciro Gomes. Em setembro deste ano, uma reunião do diretório estadual do PDT no Ceará terminou em briga após o presidente da sigla, Cid Gomes, ter colocado em pauta a deliberação sobre a legenda apoiar ou não a gestão do governador Elmano de Freitas (PT).

O assunto causou muita discussão e, a pedido do presidente nacional da sigla, André Figueiredo — à época licenciado da presidência estadual —  o assunto foi retirado de pauta. Mesmo com a decisão de não tomar a decisão nesta sexta, houve muita confusão.

Cid liderava o grupo que era favorável ao apoio formal. André é contra, alinhando-se como grupo do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, que preside a sigla em Fortaleza.

Na discussão, Cid afirmou que a posição de André, de ser contra apoiar o governo, é minoritária. "Já tá perdendo, só tem 25%". O senador acrescentou sobre o partido não formalizar o apoio: "Não fazer isso (apoiar oficialmente o governo) é ser falso, é ser hipócrita, é não fazer o certo".

O senador falou ainda a André: "Eu não tenho medo da nacional".

13 de dezembro: briga entre deputados evangélicos

No dia 13 de dezembro, os deputados estaduais Apóstolo Luiz Henrique (Republicanos) e Alcides Fernandes (PL) protagonizaram uma discussão no plenário da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) por causa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A discussão começou após o deputado Luiz Henrique afirmar que é imparcial e que nunca idolatrou o ex-presidente e outros homens. Já o deputado Alcides Fernandes disse que não caiu nas “propostas” recebidas pelo apóstolo e que não se curva para a esquerda.

“Podem fazer cara feia pra mim, principalmente aqueles que me idolatram, porque eu não tenho medo de homens, eu sirvo a Deus, eu sirvo ao senhor Jesus, e é um absurdo o que vimos nas eleições. Usaram o nome de Deus em vão, idolatram um homem (Bolsonaro) que xinga, fala palavrões, se alcooliza e faz tantas outras coisas que os crentes não fazem”, apontou o Luiz Henrique durante fala na casa legislativa.

Uma semana após o ocorrido, o presidente da Casa, Evandro Leitão (PT), chamou os dois parlamentares para fazerem as pazes no plenário. Na sessão, Evandro informou que conversou com ambos os deputados em particular, e que os dois tinham interesse em expressar o pedido de desculpas.

27 de outubro: Ciro briga com Cid na reunião nacional do PDT

O sobrenome Ferreira Gomes esteve no cerne das dissidências políticas ocorridas ao longo do ano. Em outubro, durante reunião do PDT, os irmãos Cid e Ciro Gomes aproveitaram para “lavar a roupa suja”.
Ambos chegaram ao local quase simultaneamente, mas não se cumprimentaram. Na reunião, eles chegaram a se levantar da cadeira e discutiram fortemente, com direito a gritos ouvidos do térreo e dedo no rosto.

O clima de tensão se alastrou quando aliados dos dois lados entraram na discussão. Na saída do local, Ciro disse que o encontro foi muito ruim e o clima com seu irmão Cid "é o pior possível".

Os irmãos estão rompidos desde as eleições presidenciais de 2022, quando instaurou-se uma crise no PDT.

11 de maio: José Airton critica Bismarck Maia em evento

Em maio deste ano, o Palácio da Abolição foi palco para que o deputado federal José Airton (PT) criticasse o prefeito de Aracati, Bismarck Maia (Podemos). Na ocasião, o deputado pediu a palavra para alfinetar o gestor municipal, o chamando de “mentiroso” e “irresponsável”.

“Eu vim fazer política, sim. Eu vim dizer a verdade que vocês não gostam de ouvir”, disse o parlamentar.
O filho do prefeito, deputado Eduardo Bismarck (PDT), rebateu as críticas feitas ao pai.
O governador Elmano de Freitas (PT) teve de intervir na discussão.

Antes disso, em março, José Airton havia utilizado a palavra na Câmara Federal para denunciar o desrespeito a parlamentares do Ceará, por meio da escolha do deputado Eduardo Bismarck (PDT) como novo coordenador da bancada cearense.

"Ficou definida a coordenação da bancada, à revelia da bancada do Partido dos Trabalhadores, num acordo entre PDT, União Brasil e PSD excluindo o PT e outros parlamentares de outros partidos", afirmou José Airton, em sua fala.

"E mais grave, ainda, esse conchavo já deliberou a coordenação da bancada para o próximo ano, em 2023, para a União Brasil, do deputado Moses, e, no ano seguinte, para o PSD, do Domingos Neto. Tudo sem a nossa participação, num claro intuito de isolar o PT", disse José Airton, que não foi contestado.

Indiferente ao processo da escolha, que rompeu com a unanimidade dos últimos sete anos, Eduardo Bismarck usou as redes sociais para ressaltar "um dia que ficará marcado com muito carinho na minha trajetória política, pois, fui escolhido pelos colegas como coordenador da bancada para o ano de 2023".

A escolha foi conduzida pelo senador Cid Gomes (PDT), sem a participação da senadora Augusta Brito (PCdoB).

19 de junho: vereadores brigam por causa de emoji de boi

Um outro caso de confusão envolvendo políticos ocorreu em junho deste ano, quando dois vereadores de Santana do Acaraú brigaram em uma praça do município, que fica a 356,7 km de Fortaleza.

O atrito começou após uma discussão entre pessoas que estavam no local. Na gravação, é possível ver o vereador Jorgecar Vasconcelos (Cidadania), vice-presidente da Câmara Municipal de Santana do Acaraú, trocando socos com o vereador Domingos Sávio (PCdoB), de blusa amarela.

De acordo com Sávio, o início da discussão se deu após Jorgecar insinuar que o vereador seria “corno” por meio do uso de um emoji de boi. O vereador comentou, durante entrevista ao portal O Sobralense, que após ver a publicação, sua esposa ficou chateada e foi, em companhia da irmã, à praça onde Jorgecar costumava jantar aos sábados com a família, para tirar satisfação.

Sávio comenta ainda que Jorgecar começou as agressões logo quando o vereador chegou ao local e afirma que a esposa e a cunhada se deslocaram à praça com o intuito de conversa.

Em vídeo publicado nas redes sociais do marido, Natália Carneiro, esposa de Jorgecar, afirma que as duas mulheres chegaram à praça quebrando todos os itens que estavam sobre a mesa. Quando Natália decidiu apaziguar a situação, levou um “tapa ou um soco” do outro vereador. Sávio negou a agressão e esclareceu que não se lembrava que a esposa do vereador estava no local.

Em contrapartida, Jorgecar alega que só agrediu o outro vereador após ver que sua esposa estava sendo violentada. "A partir do momento que ele agrediu ela [sic], eu saí em legítima defesa de mim e da minha esposa", explicou. Ele acrescentou que não chamou Sávio de corno e que a alusão a “boi” se refere às eleições.

Jorgecar diz ainda que era apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante as eleições de 2022 e que, por este motivo, era chamado de “gado” por Sávio, apoiador de Lula (PT). O vice-presidente da Câmara alega ter feito a mesma provocação em uma publicação nas redes sociais, contudo, foi na intenção de piada, não de acusação.

21 de março: vereador ataca deputadas petistas

Em março deste ano, o diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) de Russas, decidiu desfiliar o vereador Maurício Martins, após o parlamentar reproduzir falas machistas contra as deputadas estaduais também do PT, Juliana Lucena, Larissa Gaspar e Jô Farias.

Após comunicado da sigla à Câmara Municipal de Russas, as petistas preparam agora uma denúncia contra Martins na Justiça.

O petista usou o plenário da Câmara Municipal de Russas para atacar as deputadas estaduais. “Eu queria dizer para essas três deputadas, que as senhoras […] que deixem de ficar que nem borboleta, que se transformam em lagarta encantada, que aparece só dia Internacional da Mulher, querendo vender ilusão. Aí depois vocês se encantam e só vão aparecer no Outubro Rosa”, disse.

"Eu e as demais deputadas vamos tomar as providências necessárias para que ele responda pelos seus atos criminosos perante a Justiça, inclusive perante a Justiça Eleitoral. O Partido dos Trabalhadores já reuniu a sua executiva municipal para tomar providências necessárias, suspender provisoriamente a filiação dele até que o processo de expulsão caminhe e chegue a uma decisão final", disse a deputada Larissa Gaspar.

14 de outubro: prefeito de Alto Santo bate boca com vereador

Em outubro, a Câmara dos Vereadores de Alto Santo (distante 196 km de Fortaleza) foi palco de discussão entre o prefeito do município, José Joeni, e o vereador André Cabó (PP).

Em transmissão divulgada pela página do Legislativo, é possível ver o momento em que o prefeito chega e interrompe o discurso do vereador, o que acaba provocando a suspensão da sessão.

No momento da interrupção, o vereador discursava defendendo “maior qualidade” nos gastos do município, chegando a cobrar o prefeito por investigações do Ministério Público (MPCE) que estariam em curso no município.

“Quero participar da sessão, se for possível. Responder as perguntas. Vamos agora nós dois aqui fazer uma acareação”, diz Joeni.

“Senta aí, colega prefeito, você está exaltado?”, responde o vereador, recebendo uma negativa do gestor. O parlamentar ainda tenta continuar o discurso, mas é novamente interrompido por gritos do prefeito, que falava sem um microfone. Diante do impasse, o vereador Levi Bessa, que presidia a sessão, acaba suspendendo os trabalhos.

1º de junho: sessão na Câmara de Pacajus é interrompida pela Polícia

Em junho, vereadores do plenário da Câmara Municipal de Pacajus tiveram de suspender a sessão após policiais militares entrarem na Casa para revistarem os presentes. A ação se deu após a suspeita de que uma pessoa havia entrado armada no plenário.

Em vídeo publicado nas redes sociais da Câmara Municipal de Pacajus, é possível ver o momento em que a sessão é interrompida por policiais militares. As pessoas foram autorizadas a retornar após serem revistadas.

A sessão avaliava a denúncia feita por um popular, que alega irregularidades por parte da administração municipal no repasse da previdência dos servidores públicos.

Segundo a denúncia recebida, durante os anos de 2020 a 2022, a Prefeitura não teria efetuado os repasses de maneira correta ao Instituto Previdenciário de Pacajus (PacajusPrev), deixando, por exemplo, de realizar o pagamento patronal e contribuição do servidor na data prevista.

Entretanto, indícios apontam que os descontos nos salários dos servidores para a contribuição aconteciam, mas esse valor não era repassado ao fundo previdenciário do município. A falta do repasse teria gerado débito em torno de R$ 50 milhões, segundo a denúncia.

Os parlamentares decidiram criar uma comissão para investigar o caso. O grupo foi formado por meio de um sorteio e é composto pelos vereadores Juninho do Gaminha (Avante), Eulálio Pontes (MDB) e Ronielly da Aldeia (PDT).

17 de julho: Ari Areia x Renato Roseno

As redes sociais também foram espaço de discussões entre figuras políticas. Em julho, o deputado Renato Roseno (Psol) foi alvo de ataques por parte do seu ex-suplente, Ari Areia. A dissidência começou após Ari utilizar o X, antigo Twitter, para afirmar que o parlamentar influenciou o atraso de pagamentos por serviços prestados ao partido. O parlamentar nega a acusação.

Ari foi suplente do deputado estadual Renato Roseno, mas nunca chegou a assumir mandato.
“Vamos oficiar o Psol e quero judicializar a questão também. Pra que o deputado e sua facção interna pensem duas vezes antes de tentar isso contra qualquer outro TRABALHADOR”, escreveu.

Em seguida, o deputado afirmou que não irá acionar meios legais e lamentou ser vítima de uma “campanha de desinformação”.

“As acusações publicadas nas redes sociais são, na verdade, uma campanha de desinformação que parece ter como único objetivo: a autopromoção e, para ferir a minha imagem, do nosso mandato e do nosso partido. Para muitos interessa tornar 'todos iguais' ou operar a criminalização da política - o que infelizmente ficou evidente nas postagens que chamaram uma organização política de 'facção'”, argumenta Roseno em nota.

Ainda que tenha se agravado em julho, a crise envolvendo ambos teve início em meados de junho, quando Ari anunciou que deixaria a legenda após 12 anos. O ex-filiado deixou nas entrelinhas que um eventual desentendimento interno teria motivado a iniciativa.

9 de julho: Yuri do Paredão com Lula e briga em grupo de WhatsApp

O deputado federal, Yuri do Paredão (MDB) iniciou uma guerra contra o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após publicar uma foto ao lado de integrantes do governo Lula (PT).

A imagem, divulgada em julho, mostra o deputado do PL fazendo um “L” com a mão, ao lado do ministro de Comunicação, Paulo Pimenta e Waldez Góes, ministro do Desenvolvimento Regional.

Após a circulação da foto, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, solicitou ao diretório do partido no Ceará a abertura do processo de expulsão de Yuri.

"Ao que tudo indica, o parlamentar licenciado parece não comungar com os ideais do Partido Liberal", escreveu Valdemar em seu Twitter nesta segunda-feira, 17. A foto de em Yury do Paredão aparece fazendo a letra L com a mão ocorreu no lançamento do novo sistema de bombas da transposição do Rio São Francisco.

Na imagem, além dos dois ministros de Lula, estão a vice-governadora do Ceará Jade Romero (MDB), o secretário de Recursos Hídricos, Robério Monteiro o deputado federal Pedro Campos (PSB-PE).
Após ser expulso do PL, o parlamentar anunciou que iria se filiar ao MDB, presidido no Ceará por Eunício Oliveira.

Antes, houve bate-boca em grupo do PL no WhatsApp, que foi suspenso após bolsonaristas ofenderem outros parlamentares que votaram a favor da reforma tributária, aprovada com ampla margem pela Câmara no começo de julho. 

As discussões teriam saído da esfera política o que, somado ao insucesso em apaziguar os ânimos, forçou uma liderança do PL a suspender o grupo. A informação é do blog da jornalista Andréia Sadi, do portal g1. Entre os que teriam postado ofensas estaria o deputado federal André Fernandes (PL-CE) e entre os ofendidos estaria o deputado federal licenciado Yury do Paredão.

A confusão teria ocorrido no último domingo, 9, e estourado após Fernandes resgatar uma foto de Yury ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante visita do petista ao Ceará em maio deste ano.

24 de abril: caso "gogo boys" em Caucaia

Em abril, um funcionário do prefeito de Caucaia (RMF), Vitor Valim (PSB) acusou o vice-prefeito, Deuzinho Filho (União) de usar dinheiro do gabinete para pagar “gogo boys”. O termo é uma denominação usada para dançarinos especializados em entretenimento do público adulto.

Em uma transmissão nas redes sociais, Adriano Silva Martins, conhecido como Adriano Neguim, acusa Deuzinho de usar verbas do gabinete para despesas pessoais. Ele considerou positivo que estariam acontecendo cortes nas verbas que deveriam ser repassadas à pasta gerida pelo vice-prefeito.

“O dinheiro tem que ser cortado mesmo. Se for para fazer o bem da população de Caucaia”, afirmou. E segue: “O dinheiro do gabinete do vice-prefeito hoje em Caucaia é somente para disseminar o ódio e as fake news. Não podemos deixar de falar que o dinheiro também está indo para os gogo boys, para seus assessores, para ir para a academia com o carro da prefeitura“, acusa Adriano. Deuzinho rebateu e acusou o aliado de Valim de homofobia, anunciando que iria entrar com processo na Justiça

Adriano aparece no site da prefeitura de Caucaia com data de admissão em janeiro de 2022 na Secretaria Municipal de Governo. Segundo as informações da plataforma, ele seria gerente de núcleo. Ele foi candidato ao cargo de vereador nas eleições municipais de 2020, ficando na suplência do Pros, e chegou a assumir a função na Câmara Municipal.

16 de julho: ex-prefeito de Pedra Branca é derrubado em churrascaria

Em julho, o ex-prefeito de Pedra Branca, Antônio Gois (PSD), foi agredido em uma churrascaria no município, localizado no Sertão Central, a 268 km de Fortaleza. Vídeo compartilhado pelo deputado federal Domingos Neto (PSD), aliado de Gois, mostra o momento em que o ex-prefeito é atacado pelas costas enquanto está sentado. O ex-prefeito é jogado ao chão.

"Infelizmente, a violência política está também no interior. Esse caso absurdo com um homem de 77 anos aconteceu em Pedra Branca, Ceará", escreveu Domingos.


Após a repercussão do caso, a defesa do empresário acusado pela agressão, Eliseu Lima Cavalcante, afirmou que a confusão foi “tirada de contexto”. A dissidência ocorreu no último domingo, 16, no município que fica localizado no Sertão Central, a 268 km de Fortaleza.

“Os vídeos, divulgados maldosamente em grupos de WhatsApp e redes sociais, tiram de contexto a realidade dos fatos”, escreveu o advogado Vinícius Ramos de Sá, em nota.

Conforme explica o advogado de Eliseu, a confusão foi motivada após Antônio proferir palavras homofóbicas contra o empresário, que posteriormente atacou o ex-prefeito.

De acordo com a defesa do empresário, Antônio não compareceu ao depoimento agendado para a última terça-feira, 18. Ele acrescenta ainda que o conflito não ocorreu em razão de brigas partidárias, e que a “circunstância será esclarecida perante autoridade policial”.

21 de outubro: presidente do PL Caucaia bate em suplente de vereador

Em outubro, o presidente do PL de Caucaia, Tancredo dos Santos, agrediu verbalmente e fisicamente o suplente de vereador Adriano Neguim (PCdoB). Tancredo disparou ofensas, afirmando que “arrancaria” a cabeça de Neguim, além de chutar e empurrar o suplente. O momento foi registrado e testemunhado por algumas pessoas.

O caso ocorreu na inauguração da areninha Evaristo Lucas de Farias e da Praça Venâncio de Menezes, em Caucaia.

Tancredo, que é assessor do vereador de Fortaleza Inspetor Alberto, que estava na confusão, havia anunciado que iria ao evento, em meio a protestos contra a Prefeitura de Caucaia.
A confusão teria começado após Tancredo chegar à praça e alfinetar a gestão do município usando palavras como “ladrão”.

Então Adriano questionou a presença dele em Caucaia, uma vez que é de Fortaleza, e o presidente do PL partiu para cima com ataques e agressões.

31 de agosto: população agride vereador de Maranguape que denunciou irregularidades de servidores temporários

Em agosto, o vereador Neto Girão (PP) foi agredido por manifestantes, na Câmara Municipal de Maranguape, após a demissão de cerca de 900 pessoas. Os servidores foram denunciados por irregularidades.

Em vídeo compartilhado nas redes sociais, é possível ver o momento em que os manifestantes causam tumulto e confusão após invadirem a Câmara Municipal. O registro também mostra duas pessoas agredindo Neto Girão, que, em seguida, é retirado do local.

O caso teria ocorrido devido a uma denúncia feita pelo vereador ao Ministério Público do Ceará (MPCE) sobre supostas irregularidades em uma contratação realizada pelo Instituto Nacional de Gestão, Educação, Tecnologia (Ingeti).

O MPCE constatou que a lista de pessoas que atuavam na empresa como bolsistas pelo Programa Qualifica era “coincidentemente” igual à lista de servidores temporários da Prefeitura em dezembro de 2022. Em julho deste ano, o Ministério Público recomendou que o contrato com o Ingeti fosse suspenso.

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