Após silêncio, Choquei admite fake news e lamenta morte de Jéssica Canedo

De acordo com o pronunciamento oficial, Raphael Souza, o dono da página, prestou depoimento à Polícia Civil de Minas Gerais

A página de fofocas Choquei admitiu ter compartilhado fake news sobre um inexistente relacionamento entre a mineira Jessica Canedo e o humorista Whindersson Nunes. Na última segunda-feira, 22, a jovem foi encontrada morta e a causa da tragédia está associada às publicações feitas no perfil, que possui mais de 20 milhões de seguidores no Instagram.

“O perfil lamenta a morte e se solidariza com a família. Informamos aos seguidores que, em sinal de respeito ao trágico acontecimento, as redes da Choquei estavam paralisadas até esse momento”, escreveu a página em nota.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

“Foram fornecidas provas sobre o fato gerador da notícia falsa — publicada originalmente por outro perfil e republicada posteriormente pela Choquei — e foram disponibilizadas imagens de diálogos que mostram procedimentos adotados assim que falsidade foi descoberta”, segue o comunicado.

De acordo com o pronunciamento oficial, Raphael Souza, o dono da página, prestou depoimento à Polícia Civil de Minas Gerais.

“O proprietário do perfil Choquei prestou esclarecimentos à Polícia Civil de Minas Gerais e apresentou fatos e documentos que contribuem para elucidar o episódio e dar a real dimensão do papel da Choquei no caso". 

"A Choquei está à disposição para contribuir com órgãos de investigação, assim como colaborar para o aprimoramento do setor de notícias online”, consta no documento.

Entenda o caso

O falecimento da estudante Jéssica Canedo ocorreu na sexta-feira, 22, e foi informado pelos familiares da mesma. Dias antes do ocorrido, passaram a circular nas páginas voltadas para notícias de celebridades prints de supostas conversas entre a mineira e o humorista Whindersson Nunes. Ambos desmentiram os boatos.

A mãe da mineira chegou a fazer uma publicação nas redes sociais pedindo para que os prints falsos fossem excluídos das páginas de fofoca, como a Choquei, que conta com mais de 20 milhões de seguidores.

No entanto, apesar dos pedidos, o conteúdo continuou a circular. O dono da Choquei chegou a debochar publicamente da solicitação de Jéssica.

De acordo com a CNN Brasil, os investigadores já "tiveram acesso à necropsia do corpo da vítima e realizaram um levantamento das publicações nas redes sociais que mencionavam Jéssica e Whindersson".

Ao longo da investigação, os familiares da estudante devem ser ouvidos. A Polícia também estuda a possibilidade de ouvir o responsável pelas redes da Choquei.

Intuito é saber se a morte da mineira não foi induzida ou instigada.

Leia a nota completa na íntegra

“O perfil Choquei lamenta profundamente o ocorrido com Jéssica Vitória Canedo e se solidariza com sua família. Informamos aos seguidores que, em sinal de respeito pelo trágico acontecimento, as redes da Choquei estavam paralisadas até este momento.

Nesta quinta-feira, dia 28 de dezembro, o proprietário do perfil Choquei prestou esclarecimentos à Polícia Civil de Minas Gerais e apresentou fatos e documentos que contribuem para elucidar o episódio e dar real dimensão ao papel da Choquei no caso.

Foram fornecidas provas sobre o fato gerador da notícia falsa - que foi publicada originalmente por um outro perfil e republicada pela Choquei- e foram disponibilizadas imagens de diálogos que mostram os procedimentos adotados assim que a falsidade foi descoberta, como a retirada imediata do conteúdo falso publicado.

Neste momento, a Choquei passa por um profundo processo de reavaliação interna nos métodos adotados visando implementação de filtros e códigos de conduta para evitar que episódios dessa natureza voltem a acontecer.

A Choquei está à disposição para contribuir com os órgãos de investigação, assim como colaborar para o aprimoramento do setor de notícias online.

Reiteramos nossa solidariedade e total apoio à família de Jéssica Vitória Canedo". 

Siga o canal de Política do O POVO no WhatsApp

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar