Elmano quer candidato definido por 'consenso ou ampla maioria': 'Sou contra deliberação na cúpula'
Ele cita que a base eleitoral e os filiados do PT devem ter "papel ativo" na escolha do processo
O governador Elmano de Freitas (PT) se disse “radicalmente contra” que a escolha para o candidato do PT em Fortaleza seja feita exclusivamente pela cúpula do partido. O gestor apontou que a base do partido deve ser ouvida e que o diálogo amadureça até que seja encontrada uma candidatura de “consenso ou de ampla maioria”.
“A base do PT tem que participar da discussão e da deliberação. Eu seria radicalmente contra qualquer decisão que fosse na cúpula do PT. O diretório do PT se reunir e decidir o candidato não acho adequado. A candidatura do PT tem que ser o resultado de um debate da base partidária. A base partidária tem que participar", defendeu Elmano nesta quarta-feira, 20, durante visita institucional ao O POVO.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Ele cita que a base eleitoral e os filiados do PT devem ter "papel ativo” na escolha do processo da candidatura do PT. A defesa dele é de que a sigla debata internamente, mesmo que em diversos encontros, até encontrar um consenso que, caso não seja alcançado, findará em prévias. Caso isso ocorra, o processo demanda que filiados votem para escolher o nome.
A fala dá um "freio" na tese que colocaria o presidente da Assembleia Legialtivo (Alece), Evandro Leitão (PT), na frente de outros pré-candidatos da sigla por ser tido em bons termos por nomes da cúpula petista. Dirigentes de partidos aliados também tem feito acenos ao nome de Evandro, filiado em evento de grande porte no domingo, 17.
O governador enfatizou que o PT adiou para março a definição da candidatura em Fortaleza e destacou que, até lá, o partido vai tentar chegar a um consenso. Caso não seja possível, o voto deve ser o mecanismo para escolher o candidato. "O meu esforço será o máximo para termos um consenso, não teve o consenso, a regra do PT: o governador tem um voto, o filiado de Fortaleza tem um voto".
Ele lembrou seu processo de lançamento em 2012, quando havia cinco pré-candidatos, que foram saindo do páreo. “Essa é a nossa tradição, esse é o nosso espírito democrático que nós construímos a nossa vida inteira, assim deverá ser. Eu fui candidato a prefeito de Fortaleza escolhido em um encontro com vários candidatos, eram cinco e no encontro ficou eu e o (Artur) Bruno para votação do candidato do PT em 2012”, disse.
E seguiu: “Em 2016, a Luzianne foi escolhida em um encontro. Delegado foram escolhidos na votação e os delegados escolheram a candidata Luizianne, e eu era presidente do PT como candidato, mas a base partidária do PT participou”.