Camilo se recusa a responder pergunta sobre críticas feitas por Ciro Gomes

Pedetista já classificou petista como "maior traidor", além de acusá-lo de "tomar" partidos

O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), se recusou a responder pergunta sobre o ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT). A situação aconteceu nesse domingo, 17, durante coletiva de imprensa no ato de filiação ao PT do deputado estadual Evandro Leitão.

Na ocasião, o ex-governador do Ceará foi questionado por um jornalista sobre os comentários do pedetista acerca de sua conduta. "O Ciro Gomes tem feito ataques pessoais ao senhor, o que o senhor tem a dizer sobre isso?". Ao que Camilo respondeu: "Eu não vou responder isso, não".

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Os dois romperam de vez em 2022, embora houvesse rachaduras entre eles de embates anteriores. Ciro e seu irmão, senador Cid Gomes (PDT), apadrinharam Camilo quando o petista concorreu ao cargo de governador do Ceará, em 2014.

Declarações de Ciro

Em seus discursos, Ciro chegou a afirmar que o ex-aliado é a "maior decepção, o maior traidor da história". O comentário foi dado em transmissão ao vivo nas redes sociais, no início do último novembro, dia 7.

"O atual ministro da Educação, que é um cearense aqui ilustre, para mim é a maior decepção, maior traidor da história. Enfim, esse é um assunto paroquial aqui, autorizou a abertura de 95 novos cursos de Medicina, todos privados", disse.

A fala ocorreu após Ciro ser questionado sobre a decisão do Ministério da Educação (MEC) de abrir novos cursos de Medicina em todo o país. Antes de responder à indagação, ele fez menções ao petista, de quem já foi aliado mas que atualmente integram grupos distintos na política local e nacional.

Dias depois, 10 de novembro, em evento realizado na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), o ex-ministro lançou novas críticas ao petista. “O Camilo Santana quer instalar uma ditadura no Ceará. Ele é do PT, está tentando destruir as tradições internas do PT. Problema deles, mas é do que se trata”.

Já no final do mesmo mês, Ciro disse que Camilo "tomou" o PSDB para evitar que participasse das eleições de 2022, tomou o PSB porque apoiou Roberto Cláudio (PDT) no ano passado, "aliciou" o PSD e avança agora sobre o PDT. A entrevista exclusiva foi concedida no dia 28 de novembro ao repórter do O POVO Henrique Araújo.

No último dia 6 de dezembro, Ciro chegou a comparar o ditador Nicolás Maduro ao ministro da Educação Camilo Santana, quando analisava a tentativa do comandante da Venezuela de tentar anexar o território de Essequibo, na Guiana. "O Maduro só esquenta o assunto por duas razões: a primeira é inventar um inimigo externo para tentar se salvar da derrota provável que acontecerá em eleições em que os opositores possam participar, porque ele baniu todo mundo de participar, que nem fazia o Camilo Santana aqui no Ceará, ele quer tirar todo mundo de qualquer possibilidade de participar do jogo democrático", disse.

Nas últimas eleições presidenciais, realizadas em 2022, Camilo apoiou o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ciro também estava na disputa.

 

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