Luizianne sobre filiação de Evandro ao PT: "Não temos um partido de aluguel"

Ex-prefeita é pré-candidata ao Executivo da Capital e olha com incômodo iminente filiação de Evandro ao PT

15:43 | Dez. 11, 2023

Por: Carlos Holanda
Luizianne ao lado de Evandro Leitão em evento do PCdoB (foto: Reprodução/Instagram Evandro Leitão)

Ex-prefeita de Fortaleza, a deputada federal Luizianne Lins (PT) afirmou ao O POVO que a iminente filiação ao PT de Evandro Leitão, presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, não o deixa mais perto de representar a agremiação na disputa à Prefeitura de Fortaleza, em 2024. Ela sublinhou que a legenda já tinha quatro pré-candidaturas, agora passando a cinco. E ressaltou a importância dos processos internos do PT: "Temos um partido de verdade, não um partido de aluguel". 

Ao ser questionada sobre se a ida de Evandro para o PT o aproxima de ser o candidato do partido ao Paço Municipal, Luzianne foi sucinta: "Acredito que não". 

 

"Afinal, o PT já tem quatro pré candidatos (as): Luizianne, Guilherme, Larissa e Artur Bruno. Ele vindo, teremos cinco pré candidatos (as). O PT não tem essa cultura partidária da pessoa se filiar só pra ser candidato (a). Temos um partido de verdade, não um partido de aluguel", complementou a ex-prefeita.

Evandro pediu filiação ao PT nesta segunda-feira, 11, de olho na disputa ao Executivo da Capital. O pedido seria entregue por ele na sede do PT, na Avenida da Universidade, no bairro Benfica. O local da visita teve de ser alterado em razão de manifestação popular na sede da legenda, cobrando dos governos Elmano de Freitas e Luiz Inácio Lula da Silva melhores condições de moradia na cidade e no campo.

Na plenária do mandato do deputado federal José Guimarães (PT), no Centro Universitário 7 de Setembro (Uni7), a ex-prefeita de Fortaleza já havia feito fala incisiva segundo a qual existiriam petistas orgânicos e ocasionais. Os primeiros, segundo ela, estiveram ao lado do partido nos seus momentos adversos, como na deposição de Dilma Rousseff da Presidência da República, em 2016, e na prisão de Lula, em 2018. 

"A gente sabe dizer bem onde a gente estava quando passamos as piores dificuldades, a dor e a delícia de governar. Foi 2005 com o mensalão, tivemos 2016 com o golpe contra a presidente Dilma. Eu sei onde nós estávamos. Depois nós tivemos a prisão do Lula. Onde é que essas pessoas estavam quando o Lula estava preso? Tinha gente que queria se desfiliar do PT porque o Lula estava preso e tinha vergonha do Lula. E aí é muito bom ver essa virada de chave que o Brasil deu por causa do povo brasileiro e por causa de cada um que está aqui e nunca desistiu", afirmou Luizianne à militância presente.