Deodato vê "oportunismo" em novas filiações ao PT e prevê "um grande inferno"

A iminente filiação de Evandro Leitão, presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), ao PT não foi bem aceita por alguns nomes da sigla. Quadros mais experientes do partido acreditam que o ingresso de nomes podem acabar mexendo com as estruturas do partido.

Aliado de Luizianne Lins, pré-candidata à Prefeitura de Fortaleza, o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Ceará, Deodato Ramalho (PT), vê oportunismo em filiações recentes.

"A política do Estado do Ceará é muito marcada por esse fisiologismo, esse oportunismo. Esse oportunismo se apresenta muito nos estados e municípios onde aquele partido que tá no poder ganhou a prefeitura ou o governo do estado. É o nosso caso. É por isso a pressão dessas mudanças ao PT", disse ao O POVO no episódio #265 do programa Jogo Político.

Deodato afirmou não saber o nível de resistência que Evandro e futuros filiados encontrarão dentro do PT, mas destacou que "certamente há incômodo em vários segmentos do partido". Ele exclamou que será "um grande inferno".

"E eu penso que muito desqualifica muito a política e penso que nós, que eu digo o PT, vamos enfrentar um grande inferno com isso", disse.

Completou: "São essas questões que eu penso que vai ter, sim, um debate dentro do PT. Qual é o tamanho disso, a influência que isso vai ter, eu não sei".