Bolsonaro elogia Maduro por voto impresso em plebiscito: "Deu uma lição de moral"
Na votação em questão, os venezuelanos aprovaram a criação de estado em Essequibo, território disputado com a GuianaO ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) elogiou a iniciativa do líder da Venezuela, Nicolás Maduro, em adotar votos em papel na eleição de referendo realizada no último domingo, 3. Na votação em questão, os venezuelanos aprovaram a criação de estado em Essequibo, território disputado com a Guiana.
"Nem na Venezuela se tem o voto eletrônico", disse Bolsonaro em entrevista à Rádio Mitre, nesta sexta-feira, 8.
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"Nesse referendo agora de Essequibo, que é um assunto bastante polêmico, o Maduro deu uma lição de moral no Brasil falando: olha, aqui a eleição é na máquina, mas não é como em outros países, aqui tem o papel também", seguiu. "Até que enfim o Maduro acertou uma; acertou uma que é o voto no papel".
O ex-mandatário chegou a Buenos Aires, na Argentina, na noite desta quinta-feira, 7, para a posse do presidente eleito do país, Javier Milei. A comitiva do argentino pretende inserir Bolsonaro nas cerimônias fechadas do Congresso Nacional e da Casa Rosada, mesmo que ele não esteja em nenhum cargo público atualmente.
Em junho deste ano, Bolsonaro tornou-se inelegível por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por questionar o sistema eleitoral e o resultado das eleições presidenciais de 2022.
Na Argentina, o ex-presidente respondeu a um questionamento feito pelo âncora sobre a indicação do ministro Flávio Dino (PSB) por Lula (PT) para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Inclusive o Flávio Dino, quando perdeu eleições em 2010, aproximadamente, ele criticava as urnas, falava que não eram confiáveis e eram possíveis de serem fraudadas", continuou Bolsonaro. "E por eu ter feito críticas com comprovação no mesmo sentido, também foi uma causa da minha inelegibilidade".
Posse de Milei: veja os nomes confirmados na cerimônia
Javier Milei, presidente eleito da Argentina, tomará posse neste domingo, 10. O ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), a esposa Michelle e dois e dois de seus filhos,deputado Eduardo Bolsonaro esenador Flávio Bolsonaro já confirmaram presença na cerimônia.
No total, 50 políticos acompanharão o ex-presidente na viagem, inclusive o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o chefe do Executivo estadual do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).
Milei convidou o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para comparecer à cerimônia, no entanto, o petista sinalizou que enviará o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em seu lugar. Lula recebeu o convite durante o encontro em Brasília com o chefe do Itamaraty e Diana Mondino, futura chanceler da Argentina.
Em 19 de novembro, o político argentino foi eleito para chefiar a Casa Rosada, com mais de 14 milhões de votos (55,69%), sendo classificado como o presidente mais votado da Argentina. Ele disputava a presidência com o ministro da Economia, Sergio Massa, que recebeu cerca de 11 milhões de votos (44,30%).
Principais nomes brasileiros
Os governadores de Goiás e de Santa Catarina, Ronaldo Caiado (União Brasil) e Jorginho Mello (PL), comparecerão à cerimônia. A comitiva bolsonarista também é formada por:
Deputados:
- Paulo Mansur (PL-SP)
- Milton Leite Filho (União-SP)
- Gil Diniz (PL-SP)
- Bia Kicis (PL-DF)
- Zé Trovão (PL-RS)
- Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP)
- Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)
- Osmar Terra ( MDB – RS)
- Hélio Lopes (PL-RJ)
Senadores:
- Ciro Nogueira (PP-PI)
- Marcos Rogerio (PL-RO)
- Marcio Bittar (União-AC)
- Luiz Carlos Heinze (PP-RS)
- Jorge Seif (PL-SC)
Além dos políticos brasileiros, outras autoridades internacionais foram confirmadas para posse de Milei, são elas:
- Gabriel Boric - Presidente do Chile
- Luis Lacalle Pou - Presidente do Uruguai
- Rei Filipe VI - Líder da Espanha.
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, parceiro ideológico de Milei, não confirmou sua presença na cerimônia. O político argentino foi comparado a Trump e Bolsonaro durante a corrida presidencial ao declarar opiniões e falas controversas, como a dolarização da economia argentina e a acusação de que o papa Francisco é “representante do maligno”.
As autoridades que apoiaram publicamente a candidatura de Massa não estarão presentes no evento. São elas:
- Primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchéz
- Presidente do México, Andrés Manuel López
- Abrador Ex-presidente do Uruguai, José Mujica
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