Padilha projeta número "necessário" de votos para Dino no STF e nega debate sobre Gleisi

Segundo o ministro, presidente Lula ainda não discutiu quem poderá ocupar a possível cadeira de Dino no Ministério da Justiça

Ministro das Relações Institucionais do governo Lula, Alexandre Padilha (PT) projeta que Flávio Dino (PSB) deve ter o número "necessário" de votos de senadores para ser confirmado no Supremo Tribunal Federal (STF). A fala, nesta quinta-feira, 7, ocorre diante da reação da oposição bolsonarista que tenta "convencer" senadores indecisos a não aprovarem a indicação do atual ministro da Justiça para a corte.

"Eu vou trabalhar para quer a gente tenha os votos necessários para o ministro Flávio Dino seja indicado para o Supremo Tribunal Federal, pela qualidade que ele tem. Ele tem qualidade para ocupar esse espaço na Suprema Corte. Estamos dialogando com senadores e senadoras e vamos atingir a votação. A senadora Augusta (Brito) está trabalhando muito para isso", disse Padilha em evento nesta quinta-feira, 7, em Fortaleza, durante a Caravana Federativa. 

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O ministro projetou que os trâmites para a indicação sejam concluídos já na próxima semana. A previsão é que a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) seja realizada na próxima quarta-feira, 13. Após isso, em caso de aprovação no colegiado, a indicação será avaliada em plenário. 

Dino teria entre 48 e 55 votos de senadores, conforme a sinalização da base governista. Para ser nomeado como novo ministro do STF são precisos 41 votos no plenário. 

Se confirmada a de Dino para o STF, fica aberta a vaga no Ministério da Justiça. Um dos nomes cotados seria o da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. Padilha negou que isso tenha sido debatido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"O presidente Lula não abriu qualquer discussão ainda sobre qualquer nome dessa sucessão até porque nós ainda estamos passando por uma sabatina para aprovar no Senado. Neste momento, nós estamos concentrados na sabatina e na aprovação do ministro Flávio Dino", afirmou ainda o Padilha.

No Ceará, Padilha comentou sobre o fim do impasse das emendas de bancada do Ceará, que findou com o acordo para repasse de mais de R$ 181,9 milhões para a saúde no Estado, sendo R$ 133,9 milhões para o tratamento oncológico. 

O ministro destacou que há um "compromisso", dele e da ministra Nísia Trindade, titular da Saúde, para que o Ceará seja o primeiro a receber esse recurso. "Nós vamos querer que o Ceará seja o primeiro a receber esse recurso, repassar, para que a gente possa crescer cada vez mais. Isso, pode ter certeza, esse é um primeiro passo e a gente vai estar junto do Governo do Ceará no fortalecimento e ampliação dessas ações do tratamento do câncer", afirmou. 

 

 


 

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