Guimarães é cotado para assumir presidência do PT se Gleisi virar ministra
Conforme aliados, o presidente Lula sinalizou que deseja ter uma mulher à frente do Ministério da Justiça e que precisa de um nome de confiança. Por este motivo, Gleisi aparece como forte cotada
15:37 | Dez. 07, 2023
O deputado federal José Guimarães (PT) aparece na lista de nomes que poderão assumir a presidência nacional do Partido dos Trabalhadores. Atualmente, a posição é ocupada pela deputada federal Gleisi Hoffmann. No entanto, há possibilidade de que a parlamentar possa ser incorporada ao time de ministros do presidente Lula (PT).
Conforme aliados, o chefe do Executivo sinalizou que deseja ter uma mulher à frente do Ministério da Justiça e que precisa de um nome de confiança. Por este motivo, Gleisi aparece como forte cotada.
Ainda que não assuma o cargo, petistas acreditam que ela pode ser chamada para liderar outra pasta.
Dentre os nomes ventilados para assumir o posto de Gleisi, estão:
- José Guimarães (CE)- líder do PT na Câmara
- Rui Falcão (SP)- presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
- Humberto Costa (PE)- senador
Além desses três nomes, o prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, também passou a ser considerado e tem apoio de parlamentares. Reservadamente, petistas dizem que ele tem potencial para assumir a presidência do partido e representaria uma renovação da sigla.
Hoffmann viajou nesta semana para o Rio de Janeiro para participar de uma reunião com Lula. A previsão de membros do governo é que o assunto seja discutido.
Caso não seja cotada para o Ministério da Justiça, existe a possibilidade de Gleisi ir para o lugar de Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral. Macêdo é um nome ventilado tanto para assumir o PT como para ser candidato à Prefeitura de Aracaju.
Outro cenário possível é a presidente do PT substituir Rui Costa à frente da Casa Civil, ou Wellington Dias na pasta do Desenvolvimento Social. A previsão é que Lula realize uma nova reforma ministerial no início do ano que vem.
Uma das preocupações de Lula é que a legenda fique desfalcada, sobretudo em um ano eleitoral, que exige que o partido seja conduzido por um nome com autoridade.
Nos bastidores, aliados de Gleisi apontaram que ela teme sofrer desgaste caso seja escolhida ministra da Justiça, posição delicada por abrigar órgãos como a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal. Em outros momentos, informaram que ela tem mais visibilidade na presidência do PT do que em pastas menores, como a Secretaria-Geral.
A parlamentar chegou a ser cotada na transição de governo para assumir um ministério, contudo, Lula alegou que precisava dela no comando da legenda.
A escolha de um nome para a presidência do PT depende do aval de Lula e da simpatia da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja.
A inserção de Gleisi no governo reforçaria o time dos críticos à política econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Hoffmann tem defendido a revisão da meta fiscal, ideia rejeitada por Haddad.
Ainda que a indicação esteja encaminhada, integrantes do governo ainda têm dúvidas se Lula pretende resolver, de imediato, a questão do Ministério da Justiça.
O petista estagnou as tratativas sobre o futuro da pasta e afirmou a aliados que só discutirá o tema depois que o ministro Flávio Dino for sabatinado no Senado, na próxima quarta-feira, 13. Dino foi escolhido por Lula para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Existe, também, a possibilidade de que Lula discuta a temática no ano que vem, vide que o presidente da Suprema Corte, Luís Roberto Barroso, tem indicado que a posse do novo membro do STF será realizada ao final de fevereiro.
Por este motivo, Dino deve seguir na liderança do ministério até que Lula encontre um sucessor, ou até a sua posse no Supremo.
Novo ministro da Justiça
Além de Gleisi Hoffmann, outros nomes foram cotados para ficar à frente do Ministério da Justiça. Um dos principais, o ministro Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União (AGU), disputou uma vaga no STF, e sinalizou que prefere continuar onde está.
Conforme interlocutores, além de ter preferência pela AGU, Messias só pretende mudar se puder ter “porteira fechada”, o que não deve ocorrer. Na PF, por exemplo, não há nenhuma sinalização de mudança, visto que o diretor-geral, Andrei Passos, é indicação do presidente Lula.
O ex-ministro do Supremo, Ricardo Lewandowski, também é tido como um dos principais nomes para substituir Dino. Ele também aparece na lista para assumir a Defesa Civil, caso o titular, José Múcio, deixe o posto no ano que vem.
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