Elmano agradece Augusta, Cid e bancada por emendas para tratamento oncológico

O governador enfatizou os nomes dos senadores que se recusaram a assinar a ata orçamentária no prazo até que fosse garantido o recurso para a área

19:46 | Dez. 07, 2023

Por: Guilherme Gonsalves
O governador Elmano de Freitas com parlamentares e lideranças (foto: Júlia Duarte/O POVO)

O governador Elmano de Freitas (PT) agradeceu nesta quinta-feira, 7, os parlamentares cearenses pelo entendimento final que garante o repasse de mais de R$ 180 milhões para a saúde no Estado, sendo R$ 130 milhões para o tratamento oncológico.

Elmano, porém, fez questão de citar nominalmente os nomes dos senadores Augusta Brito (PT) e Cid Gomes (PDT). Os dois se recusaram a assinar a ata orçamentária no prazo até que fosse garantido o valor para o Ceará.

"Eu quero publicamente agradecer aqui à senadora Augusta, ao senador Cid e à bancada federal em nome do nosso coordenador, Eduardo Bismarck, pelo entendimento que nós construirmos na emenda de bancada", declarou em solenidade no Centro de Eventos.

E prosseguiu: "Nós vamos interiorizar o tratamento do câncer. É um sonho que o nosso povo tem de nós superarmos ou diminuirmos o sofrimento da população que tinha que se deslocar até Fortaleza para fazer um tratamento. E a partir da implantação desse projeto, nós teremos isso feito na região do próprio cidadão e da cidadã".

O governador Elmano afirmou que a implantação será de forma gradual e, "por questão de justiça", irá chamar todos os parlamentares que repassaram recursos.

"E eu quero deixar muito claro que farei essa implantação paulatina em cada região e vou chamar, por questão de justiça, nossa senadora, nossos senadores, nossos deputados federais que aportaram recursos para isso, porque efetivamente será histórico para a população do nosso Estado", disse.

Augusta: "Tinha que apelar"

A senadora Augusta Brito, junto de Cid a única a não assinar a ata no prazo por ainda exigir mais recursos para o tratamento de câncer, afirmou que "teve que apelar" para ser entendida a importância.

"E eu quero aqui dizer que não é uma coisa individual, não foi uma decisão minha, é da bancada como um todo, mas eu realmente tinha que fazer, pedir e apelar para que todos pudessem também entender dessa importância, como assim foi", disse ao O POVO.

Augusta se disse feliz com a conquista do Estado, pois, para ela, era fundamental garantir metade das emendas para a área. Ela destacou que não poderia se omitir.

"Eu fiquei muito feliz porque, para mim, era fundamental a gente poder garantir uma parte dos recursos. Sou do interior do estado, eu sei da dificuldade que as pessoas passam, sei que isso é uma grande necessidade. Então não podia me omitir e não poder tentar levar até o final para que a gente pudesse garantir", afirmou.

De acordo com a senadora, a sua postura de "apelar" era necessária e serviu. Ela também destaca que tinha o direito de assinar ou não, e só concordou quando estava nos conformes que exigia para o Estado.

"Eu vejo como necessária (não ter assinado), tanto é que serviu. A gente tem o direito de assinar ou não, como eu não estava concordando da forma que vinha sendo, eu tinha o direito de não assinar o que eu não concordo. Isso não é querer ser mais do que ninguém. É você fazer o seu papel do jeito que você acredita ser o melhor", completou.