Venezuela x Guiana: Ciro diz que Brasil não pode tolerar invasores

Em live semanal, o ex-ministro explicou, geograficamente, o conflito entre a Venezuela e a Guiana pelo território de Essequibo

O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) se posicionou duramente acerca da disputa entre a Venezuela e a Guiana pelo território de Essequibo. Segundo o ex-ministro, o “Brasil não pode tolerar invasores” e que, em caso de uma guerra, o “Brasil precisa entrar com tudo”.

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Precedente à fala, ele explicou o conflito geograficamente. Conforme o então ministro, a região de disputa “é inacessível por cima, a não ser que os venezuelanos” atravessem, eventualmente, o território brasileiro.

“Nós temos que dizer, alto e bom som, e o Lula não disse ainda, que não aceitamos e ponto final”, disse ele nesta quarta-feira, 5, durante live semanal no Youtube.

Na ocasião, ele comparou a disputa à guerra entre Israel e o grupo terrorista do Hamas, classificando os líderes da Venezuela, Nicolás Maduro, e de Israel, Benjamin Netanyahu, como “ditadores”.

“Formou-se um governo de coalizão, ninguém pode dizer mais um pio das canalhices do senhor Netanyahu, um fascista corrupto, que é o governante eterno de Israel… é exatamente isso que o Maduro está fazendo agora com essa confusão, duvido que ele leve à última consequência, mas se ele levar, o Brasil tem que entrar muito duro, muito forte, não tolerando essa invasão”.

Na mesma oportunidade, Ciro alegou que só quem gosta do líder da Venezuela, Nicolás Maduro, é o “presidente Lula e o PT”. Além disso, ele alfinetou o governo do presidente e a atuação das Forças Armadas.

“O povo acabou de dizer ao ditador Nicolás Maduro, que só quem gosta dele é o Lula e o PT, que ele (Nicolás) tem carta branca do povo venezuelano para reclamar o território de Essequibo”, seguiu Ciro.

“Eu lamento muito dizer, vivo falando sobre isso, hoje a Venezuela está muito melhor apetrechada, muito melhor equipada, muito mais modernamente estruturada para um conflito bélico que as Forças Armadas brasileiras”.

Ciro completou que a disputa ocorre porque Maduro está tentando "se salvar da derrota provável que acontecerá em eleições futuras", e comparou o líder ao ministro da Educação e ex-governador do Estado do Ceará, Camilo Santana. 

"O Maduro só esquenta o assunto por duas razões: a primeira é inventar um inimigo externo para tentar se salvar da derrota provável que acontecerá em eleições em que os opositores possam participar, porque ele baniu todo mundo de participar, que nem fazia o Camilo Santana aqui no Ceará, ele quer tirar todo mundo de qualquer possibilidade de participar do jogo democrático", disse. 

Pelo que a Venezuela e Guiana disputam 

Uma disputa centenária sobre o controle de um território sul-americano ganhou novos contornos neste domingo (3). Eleitores venezuelanos foram às urnas para opinar, em um referendo, sobre a redefinição da fronteira de seu país com a república vizinha, a Guiana.

O referendo inclui cinco perguntas ao eleitor sobre como a Venezuela deverá se comportar em relação a uma área de 160 mil quilômetros quadrados (km2) localizada a oeste do Rio Essequibo, que hoje responde por cerca de 75% dos 215 mil km2 do território da Guiana.

A área, rica em minérios e pedras preciosas, está sob controle da Guiana desde que o país se tornou independente, em 1966. Antes disso, era dominada pelo Reino Unido, desde meados do século XIX. Os britânicos apoiavam seu direito ao território com base no fato de que, em 1648, os espanhóis cederam toda a área a leste do Orinoco aos holandeses. Parte dessa terra foi posteriormente passada pela Holanda ao Reino Unido.

A Venezuela, por sua vez, afirma que o território pertence a ela, já que era parte do Império Espanhol, havia a presença de religiosos espanhóis na área e, segundo ela, os holandeses nunca ocuparam a região à oeste do rio Essequibo. A reivindicação existe mesmo antes de o país se tornar independente, ou seja, quando ainda era parte da Grã-Colômbia.

A região é conhecida na Venezuela como Guiana Essequiba, ou simplesmente, Essequibo, e aparece atualmente nos mapas oficiais do país como “Zona en Reclamación”, ou seja, um território que está sendo reivindicado.

Sob administração guianesa, Essequibo inclui áreas de seis províncias, das quais duas estão integralmente inseridas ali e três têm a maior parte de suas superfícies localizadas na região reivindicada pela Venezuela. Além disso, Essequibo inclui uma porção importante da costa guianesa, onde há poucos anos foram descobertas enormes reservas de petróleo e que a Guiana já está explorando, em parceria com companhias como a norte-americana ExxonMobil e a chinesa CNOOC.

Com Agência Brasil  

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