Ciro compara Maduro a Camilo: "Quer tirar todo mundo do jogo democrático"

Em live anterior, Ciro já havia classificado o ex-aliado petista como "o maior traidor da história"

O ex-ministro e ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) voltou a criticar o ministro Camilo Santana (PT) durante live semanal. Ao defender que o Brasil reaja à tentativa de Nicolás Maduro de anexar território da Guiana, o pedetista comparou o ditador ao ex-governador do Ceará.

"O Maduro só esquenta o assunto por duas razões: a primeira é inventar um inimigo externo para tentar se salvar da derrota provável que acontecerá em eleições em que os opositores possam participar, porque ele baniu todo mundo de participar, que nem fazia o Camilo Santana aqui no Ceará, ele quer tirar todo mundo de qualquer possibilidade de participar do jogo democrático", disse.

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Sobre a disputa por Essequibo, Ciro disse que o “Brasil não pode tolerar invasores” e que, em caso de uma guerra, o “Brasil precisa entrar com tudo”. “Nós temos que dizer, alto e bom som, e o Lula não disse ainda, que não aceitamos e ponto final”, disse ele nesta quarta-feira, 5, durante live semanal no Youtube.

Na ocasião, ele comparou a disputa à guerra entre Israel e o grupo terrorista do Hamas, classificando os líderes da Venezuela, Nicolás Maduro, e de Israel, Benjamin Netanyahu, como “ditadores”.

“Formou-se um governo de coalizão, ninguém pode dizer mais um pio das canalhices do senhor Netanyahu, um fascista corrupto, que é o governante eterno de Israel… é exatamente isso que o Maduro está fazendo agora com essa confusão, duvido que ele leve à última consequência, mas se ele levar, o Brasil tem que entrar muito duro, muito forte, não tolerando essa invasão”.

"Maior traidor da história"

Essa não é a primeira vez que Ciro usa seu programa nas redes sociais para atacar o ex-aliado Camilo Santana. Em transmissão do último dia 7 de novembro, o pedetista acusou o petista de ser "o maior traidor da história" e "a maior decepção".

Ciro foi questionado sobre a decisão do Ministério da Educação (MEC) de abrir novos cursos de Medicina em todo Brasil. Antes mesmo de responder sobre o tema, ele faz referências ao petista, de quem já foi aliado, mas que hoje integram grupos distintos na política local e nacional.

"O atual ministro da Educação, que é um cearense aqui ilustre, para mim é a maior decepção, maior traidor da história. Enfim, esse é um assunto paroquial aqui, autorizou a abertura de 95 novos cursos de Medicina todos privados", disse.

Os dois romperam de vez em 2022, embora já com rachaduras entre eles de embates anteriores. Ciro e e seu irmão Cid Gomes (PDT) apadrinharam Camilo quando o petista concorreu ao cargo de governador do Ceará, em 2014.

Conforme declarações recentes de Ciro, os dois já teriam divergido em 2020 quanto ao nome a ser indicado para disputar a Prefeitura de Fortaleza. Na reunião da executiva nacional do PDT no fim de outubro, Ciro se referiu ao atual secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Salmito Filho (PDT), dizendo “tá aqui o Salmito que é camilista fanático e tal”.

Ciro afirmou que Salmito foi "queimado" por Camilo para ser candidato a prefeito de Fortaleza em 2020 na última etapa. "O Salmito foi queimado pelo Camilo na última etapa. O meu candidato a prefeito não era o Sarto, era você, Salmito. O candidato do Cid era você”, disse na ocasião. Salmito nega que tenha sido Camilo a dar um veto a seu nome.

Em junho, Ciro já tinha mandado indiretas para o ministro e o irmão Cid. O pedetista disse ser um desafio "contemporâneo" o monopólio de poder. Em tom mais duro, disparou: "Coronel no Ceará nunca foi coisa boa".

Ciro disse ter dado passagem aos dois ao se impor uma "inelegibilidade". O pedetista criticou o monopólio de poder no Estado e afirmou incentivar novas lideranças, em fala que elogiava as gestões de Roberto Cláudio (PDT) à frente da Prefeitura de Fortaleza, seu aliado no Ceará.

No período eleitoral, o ex-ministro disse ter levado uma "facada nas costas" de ex-aliados no Ceará, sem mencionar nomes. Os alvos mais prováveis são justamente Camilo, por ter rompido com o grupo e escolhido lançar candidatura do PT ao Governo, e o irmão Cid, que apoiou o petista ao Senado, mas não fazia o mesmo pelo candidato de Ciro no pleito estadual.

Camilo apoiou Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disputou a presidência justamente contra Ciro.

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Ciro Gomes Camilo Santana Maduro Venezuela

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