Bancada cearense terá mais um dia para decidir envios de emendas
O prazo final para a conclusão deve ser até a próximo quinta-feira, 7
17:38 | Dez. 06, 2023
Em caso excepcional e sem precendentes, a Comissão Mista do Orçamento (CMO) reabriu o prazo para quinta-feira, 7, que a bancada de 25 parlamentares do Ceará encaminhem a ata com a destinação dos recursos previstos na emenda do grupo, que somam mais de R$ 300 milhões.
O prazo era até a noite de terça-feira, 5, mas o grupo de congressistas cearenses chegou a um impasse após os senadores Augusta Brito (PT) e Cid Gomes (PDT) se recusarem a assinar por não ter as emendas desejadas ao Governo do Ceará para tratamento oncológico para o Estado do Ceará.
O Estado corria risco de perder os recursos de R$ 300 milhões para a gestão quanto a cota de deputados e senadores para alocações. Jamais aconteceu de o prazo ser estendido por impasse entre os parlamentares.
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Exceto Augusta e Cid, todos os 22 deputados federais e o senador Eduardo Girão (Novo) assinaram a ata com as emendas. O governador Elmano de Freitas solicita R$ 158 milhões de repasses, mas a bancada destinou R$ 97 milhões de uma soma de R$ 145 milhões
O deputado federal e coordenador da bancada do Ceará, Eduardo Bismarck (PDT), afirmou que estava em conversas com os parlamentares buscando recursos para o tratamento oncológico.
“Estou conversando individualmente com os parlamentares que ainda não colocaram nenhum recurso, buscando sensibilizar. Já consegui reverter alguns, outros ainda não”, relatou o deputado na tarde desta quarta-feira, 6.
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Augusta explica decisão
A senadora Augusta Brito explicou que o motivo de não ter subscrevido a ata no prazo pois o ponto principal são os repasses para o tratamento de câncer no Ceará. Ao O POVO ela disse que o pensamento deve ser coletivo.
"Porque nós temos um propósito maior. Eu sou do interior, eu sei qual é a dificuldade das pessoas e da ansiedade de saber se quanto mais demorar o tratamento a chance realmente de você sobreviver vai diminuindo, acho que isso é fundamental e essencial. Então a gente tem que pensar coletivamente", afirmou.
Prossegiu: "O que eu defendo é que pense coletivamente, que se faça política grande, que veja a necessidade de toda uma população. Então como não foi garantido pelo menos a metade do recurso de bancada para garantir esse tratamento do câncer em todo o estado do Ceará, eu realmente me recusei a assinar por não querer pactuar de uma ação que não fosse coletiva e positiva para o nosso estado".
Com informações de Henrique Araújo e Ludmyla Barros/Especial para O POVO