Assim como Venezuela, Brasil também já quis invadir e dominar uma Guiana
"Por que não anexarmos a Guiana Francesa ao território brasileiro? Um país que dominar do Prata ao Caribe falará para o mundo", teria dito Jânio Quadros, conforme Cavalcanti disse a Geneton Moraes
Assim como a Venezuela, o Brasil já teve intenção de anexar ao seu território uma Guiana, a Francesa. O plano brasileiro foi idealizado em 1961. A Guiana Francesa não é um país, mas um território ultramarino pertencente à França. Embora se localize na América do Sul, é parte da União Europeia.
Jânio Quadros, então presidente, expressou vontade de invadir a Guiana Francesa em conversa com o governador do então Território Federal do Amapá, José Francisco de Moura Cavalcanti (1925-1994). Mais tarde, Moura Cavalcanti também governaria Pernambuco.
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A operação teria nome de Cabralzinho, uma homenagem ao general Francisco Xavier da Veiga Cabral. Em 1895, ele debelou uma invasão francesa ao Amapá. O planejamento passava pelo envio de combatentes e embarcações para render militares franceses na Guiana.
Ao jornalista Geneton Moraes Neto, Cavalcanti disse que ouviu Quadros afirmar: "Defenda os interesses nacionais acima de qualquer outra coisa! A propósito: eu acho que chegou a hora de resolver definitivamente isso..."
"Por que não anexarmos a Guiana Francesa ao território brasileiro? Um país que dominar do Prata ao Caribe falará para o mundo", conjecturou o presidente, conforme disse Cavalcanti a Geneton.
Existiam relatos sobre a exploração do manganês. Moradores da Guiana Francesa entrariam no Amapá, extrairiam manganês de modo clandestino e de lá exportariam para a Europa. O manganês é usado para produção de aço e ligas de alumínio. Tem preço similar ao do chumbo, não sendo uma preciosidade.
A operação estava em marcha, mas o presidente renunciou ao cargo em 25 de agosto de 1961. Outra pretensão de Quadros já foi anexar o Uruguai ao território do Brasil.