Caucaia: sobram críticas ao prefeito Valim em lançamento de pré-candidatura Deuzinho, vice dele
Ao lado de Deuzinho, pelo menos dois nomes também são pré-candidatos à Prefeitura de Caucaia: Vitor Valim e o Coronel Aginaldo, representante da direita bolsonarista
20:24 | Dez. 03, 2023
O "tempo da política", como no dito popular, foi aberto em Caucaia pelo vice-prefeito Deuzinho Filho (União Brasil). Cercado de integrantes da oposição cearense, como Capitão Wagner, presidente do União Brasil e o deputado federal Danilo Forte (União Brasil), ele lançou pré-candidatura a prefeito do Município em ato político no qual sobraram críticas ao atual gestor do município, Vitor Valim (PSB).
Também estavam presentes os deputados estaduais Felipe Mota e Sargento Reginauro, o ex-deputado Soldado Noelio (todos do União Brasil), e Kamila Cardoso, que foi candidata a vice de Wagner em 2020 e candidata ao Senado pelo Avante em 2022.
O discurso central presente nas falas foi de que o prefeito traiu eleitores ao aderir ao grupo político do governador do Ceará, Elmano de Freitas, e do ministro Camilo Santana (Educação), ambos do PT.
O mais inflamado deles foi do deputado estadual Felipe Mota, ex-chefe de gabinete de Vitor Valim. Ele disse que o prefeito preferiu os benefícios do governismo à amizade que, segundo ele, tiveram por 36 anos. "Trocou os nossos conselhos pelo poder e pelo dinheiro. Isso eu não faço, Vitor Valim. Eu fico com os meus amigos, eu fico com minha honra", bradou o parlamentar.
Principal líder à direita de oposição no Ceará, Capitão Wagner disse, ao lado da ex-vereadora Célia Flor (Progressistas), mãe de Deuzinho, que achou que Valim administraria Caucaia da cozinha dela, "não de Portugal".
"Foi lá da casa da dona Flor, casa humilde e simples que recebe todo mundo aqui de Caucaia, que foi construída a campanha, a pré-campanha. A dona Flor acolheu o 'caba' que veio lá de Fortaleza pra cá como se fosse filho dela. (...) Depois de vencer, o 'caba' fazer o que fazer, é uma grande decepção", disse Wagner, secretário de Saúde de Maracanaú.
Segundo Deuzinho, pessoas ligadas a Valim que falam mal dele ou que o perseguem precisaram dele na composição com o atual prefeito para que a campanha tivesse "sangue" do Município. Deuzinho é natural de Caucaia; Valim, de Fortaleza. Ao O POVO, Deuzinho já havia falado que rompeu com Valim por ser tratado "como empregado".
"Não é empregado do prefeito. Vice é parceiro e ajudante. Então, na medida em que ele começou a me tratar como empregado e começou a ter um tratamento hostil em relação às minhas atividades, preferi romper", diz o vice-gestor de Caucaia, segunda maior população do Ceará. Ao lado de Fortaleza, é o único município do Estado com possibilidade de segundo turno, por ter número de eleitores superior a 200 mil.
Além de Deuzinho, pelo menos dois nomes também são pré-candidatos à Prefeitura de Caucaia: Vitor Valim, que buscará a reeleição, e o Coronel Aginaldo (PL), representante da direita bolsonarista.