Roberto Cláudio e Élcio criticam Governo do Estado por homicídios em areninhas

O ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT) e o atual vice Élcio Batista (PSDB) criticaram o Governo do Ceará por três homicídios registrados em areninhas de Fortaleza. As manifestações aconteceram nesta sexta-feira, 24, nas redes sociais dos políticos. Os assassinatos aconteceram em menos de um mês nos bairros José Walter e Barroso.

Roberto Cláudio usou reportagem do O POVO para ilustrar a situação. De acordo com o pedetista, "o Governo do Estado está, lamentavelmente, nas cordas". Ele critica abertamente o governador Elmano de Freitas (PT).

"A atitude de omissão, apatia e distanciamento do governador são inadmissíveis. Não basta uma nota oficial ou mais uma promessa vazia de endurecimento das ações. Soa como uma explicação, uma justificativa, não como uma solução para um problema tão difícil!", afirmou Roberto Cláudio.

RC acusa o chefe do Executivo estadual de "conformismo" e "resignação". “Tenho dito que é preciso reagir com uma mudança profunda nas ações de segurança pública, a começar pela própria atitude pessoal do governador, que jamais pode deixar transparecer essa postura de resignação ou conformismo", acrescentou.

O vice-prefeito de Fortaleza, por sua vez, afirmou que a morte registrada na noite dessa quinta-feira, 23, é resultado da "incapacidade da segurança pública do Estado do Ceará". Conforme Élcio, "é a ausência absoluta e completa de um Governo do Estado que não tem plano e, muito menos, ação".

Assim como Roberto Cláudio, Élcio tece duras críticas ao governador: "Por enquanto, o que escutamos é a silêncio ensurdecedor do governador Elmano".

Mortes em areninhas

Entre outubro e novembro, duas areninhas de Fortaleza foram cenário de assassinatos. O mais recente vitimou um adolescente de 13 anos em frente ao equipamento localizado na segunda etapa do bairro José Walter.

Além desse caso, dois jovens foram mortos em ações no Barroso. No dia 24 de outubro, uma tentativa de chacina foi registrada na areninha do Borel, na comunidade João Paulo II, bairro Barroso. Cerca de 30 tiros foram disparados na ação. Um adolescente de 14 anos não resistiu aos ferimentos e morreu. Na manhã seguinte ao crime, um outro assassinato foi registrado na região, numa espécie de retaliação. Um jovem de 21 anos foi assasinado.

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