Secretário diz que GLO no Pecém "nem sequer foi cogitada" no Ministério da Justiça

Tadeu Alencar, secretário nacional da Segurança Pública, afirmou à rádio O POVO CBN que o porto cearense não tem previsão de receber a operação militar

O secretário nacional da Segurança Pública, Tadeu Alencar, afirmou que a possibilidade de decretar Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Porto do Pecém não está em discussão no Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Ele declarou que o comitê interno responsável por deliberar ações sobre a operação militar está com as atenções voltadas para os terminais portuários e aeroportuários do Sudeste, onde a medida já está em vigor.

"Não há nenhuma outra (GLO), além das que estão nesse momento instituídas, seja portos ou aeroportos. É importante que a gente foque nesse ambiente para que não haja dispersão de forças. Se a evolução no trabalho mostrar a necessidade (de discutir GLO no Pecém), é um ato do presidente da República, precisa ter um convencimento dele. Nesse momento, não há nenhuma deliberação nesse sentido, nem sequer cogitação. O que não quer dizer que não possa haver (deliberação) num futuro próximo", disse Alencar em entrevista exclusiva à rádio O POVO CBN.

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O secretário participou nesta segunda-feira da inauguração do Centro Integrado da Segurança Pública (CISP), em Fortaleza, ao lado do governador Elmano de Freitas (PT). Segundo Tadeu Alencar, o Ministério da Justiça deve transformar a GLO em uma política pública nacional de segurança pública para combater o tráfico de drogas nos portos.

"A experiência tem mostrado que quando apreendemos drogas em portos, são toneladas. Nos aeroportos, que são mais controlados, são quilos (apreendidos). Portanto, precisa haver esse controle maior nos portos", ponderou.

Na semana passada, durante evento para anúncio de investimentos no Ceará, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse haver interesse do Governo Federal em decretar GLO no Porto do Pecém. Dino disse que a medida tem papel estratégico no combate à criminalidade e defendeu que o emprego das forças armadas na segurança dos portos e aeroportos "desmonta" o crime organizado.

A operação foi autorizada pelo presidente Lula (PT) no início de novembro em portos e aeroportos do Sudeste para conter ataques e homicídios em série orquestrados por facções criminosas e grupos milicianos. Estão sob GLO os portos de Itaguaí (RJ) e Santos (SP) e os aeroportos de Guarulhos (SP) e do Galeão (RJ). A vigência da medida se encerra em maio de 2024, caso não seja prorrogada.

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