Após polêmica, Sarto confirma saída de Carlos Mesquita da liderança do governo na CMFor

Prefeito disse que conversará com vereador antes de definir nova liderança no Legislativo

O prefeito José Sarto (PDT) confirmou a saída do vereador Carlos Mesquita (PDT) da liderança do governo na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor). A informação foi antecipada pelo colunista do O POVO Carlos Mazza. De acordo com o chefe do Executivo Municipal, o parlamentar pediu para sair do posto.

"Na verdade, ele não foi destituído. Ele pediu para sair. Ele sentiu-se sobrecarregado com a carga política, pediu pra sair", afirmou Sarto durante coletiva nesta segunda-feira, 20, durante abertura da XXXVIII Assembleia Geral da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA).

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A saída de Mesquita da liderança do governo ocorre uma semana após o vereador afirmar em discurso no CMFor que a Prefeitura de Fortaleza cortou de forma "proposital" a verba para consultas de pacientes oncológicos para dar um "recado" ao governo do Ceará, comandado por Elmano de Freitas (PT).

Questionado sobre o nome que deverá ocupar o espaço na CMFor, o prefeito informou que ainda está em discussão e em breve será definido. Para isso, no entanto, ele diz que deve conversar com o próprio Mesquita.

"Devo ter uma conversa com ele hoje ainda. Não sei se dará tempo porque tenho uma agenda um pouquinho complicada, mas nós não definimos. Mas não houve destituição. Eu disse [para o vereador]: olha, calma, que a gente vai conversar".

Sarto disse que ficou sabendo da situação por terceiros, por essa razão deve dialogar com o parlamentar para, em seguida, definir a nova liderança de seu governo na Casa. "Depois da gente bater um papo é que vamos definir os rumos: quem se vai e quem será". O vereador estava na função desde janeiro deste ano, mas já cumpre seu oitavo mandato na Câmara.

Entenda

Mesquita deixa o posto de líder do governo após protagonizar polêmica entre as gestões municipal e estadual. Em discurso no plenário da CMFor, o parlamentar disse que a Prefeitura de Fortaleza cortou de forma "proposital" a verba para consultas de pacientes oncológicos para dar um "recado" ao governo do Ceará, comandado por Elmano de Freitas.

"O que o governo dava para o Crio (Centro Regional Integrado de Oncologia) fazer oncologia? Zero. A Prefeitura arcava com tudo. Aí o corte que dizem que o município fez, foi um corte proposital para ver se o estado se mancava e pagava a parte dele. E não teve esse 'semancol' e não pagou. Mesmo com esse apelo aqui, com essas falas, o estado não pagou. O Sarto foi lá aditivar o contrato para pagar o que o estado não estava pagando", disse em resposta à vereadora Enfermeira Ana Paula (PDT).

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A fala repercutiu mal entre os governistas. Em nota, a Prefeitura negou os cortes e disse que tem custo anual de R$ 133,8 milhões com o tratamento de pacientes com câncer. No último mês, a gestão disse ter ampliado em R$ 3,6 milhões o repasse anual para o Centro Regional Integrado de Oncologia (Crio).

"Atualmente, 60% dos pacientes oncológicos atendidos na rede conveniada pelo município de Fortaleza são do Interior. Esses tratamentos são financiados com recursos da Prefeitura de Fortaleza e do Governo Federal", apontou o texto.

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