Camilo prestará esclarecimentos sobre Enem em audiência pública quarta-feira na Câmara
Ministro da Educação atende a 14 requerimentos e deverá falar também sobre escolas cívico-militares e cortes nas verbas da Capes
13:37 | Nov. 20, 2023
Uma audiência pública organizada por três comissões da Câmara dos Deputados vai ouvir o ministro da Educação, Camilo Santana, na próxima quarta-feira, 22. Os parlamentares pedem esclarecimentos sobre a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os cortes no orçamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares.
Camilo atende a 14 requerimentos feitos por diversos deputados das comissões de Educação; de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Fiscalização Financeira e Controle.
Três dos parlamentares pedem esclarecimentos sobre a prova do Enem que foi aplicada início do mês, e gerou polêmicas. Os autores da solicitação, deputados Zucco (Republicanos-RS), Capitão Alberto Neto (PL-AM) e Evair Vieira de Melo (PP-ES), consideram que houve politização das provas e discriminação do setor agropecuário.
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Uma delas tratou sobre fatores negativos do agronegócio no Cerrado, utilizando o termo "superexploração dos trabalhadores" e citando os efeitos negativos de agrotóxicos. As outras falavam da nova corrida espacial financiada por bilionários e o avanço da produção de soja e as consequências para o desmatamento da Floresta Amazônica.
Há também solicitações dos deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO), que questionam o ministro sobre bloqueios e cortes no orçamento da Capes. O governo Lula bloqueou R$ 116 milhões previstos para a organização em 2023.
Outro deputado do PL, Junio Amaral (PL-MG) quer que Camilo dê mais informações sobre o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares e as políticas de alfabetização do Governo.
Também são temas que deverão ser tratados pelo ministro, por solicitações do deputado Evair Vieira de Melo:
- Limitação de novos cursos de medicina apenas onde faltam médicos;
- Suspensão por 60 dias da implementação do novo Ensino Médio;
- Inclusão do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Comissão Nacional de Educação do Campo;
- Criação de curso de medicina exclusivo para assentados do MST em universidades federais.