Mesmo na base, Domingos diz que "prioridade" do PSD é disputar prefeituras do Interior

Agora governista, Domingos destacou o processo de recomposição com o grupo de Elmano

10:31 | Nov. 20, 2023

Por: Júlia Duarte
Domingos Filho, presidente estadual do PSD, fala sobre as perspectiva para as eleições de 2024 (foto: FCO FONTENELE)

PSD iniciou neste fim de semana os processos internos para definir as estratégias para 2024. Para o presidente estadual da legenda, o ex-vice-governador Domingos Filho, a meta é manter as gestões em que o partido já ocupa a chefia do Executivo e ampliar. A intenção é viabilizar uma aliança com o bloco governista que orbita a gestão de Elmano de Freitas (PT) “onde se puder”, mas dependerá das circunstâncias de cada cidade.

Em 2020, o PSD emplacou 28 prefeituras e ficou atrás apenas do PDT que conseguiu 66. Ao longo dos últimos três os números se alteram com o PDT registrando uma saída durante o processo eleitoral de 2022 e com a disputa interna envolvendo a presidência da instância estadual.

“Cada eleição tem sua história, nós estamos mantendo o PSD onde já somos fortes, procurando ampliar o PSD com lideranças mais competitivas onde não tivemos o melhor desempenho para puder, o meu desafio é manter ou ampliar aquilo que a gente saiu das eleições em 2020.

“(A aliança) significa que vamos estar juntos em todos os municípios do interior do Ceará? Evidente que não. Porque isso vai depender das circunstâncias locais, não podemos a cúpula se reunir e dizer que o PT vai apoiar obrigatoriamente o PSD em tal lugar. Se a base tem hoje em torno de 12 grandes partidos é impossível que isso se reflita em todos os municípios”, ressaltou Domingos Filho durante o primeiro encontro de pré-candidatos do PSD, no último sábado, 18.

Ele destaca ainda que o entendimento “já era muito claro” de que “estariam juntos onde se puder". " A prioridade é fazer a disputa pelo PSD com cargos majoritários e com cargos para a Câmara Municipal", apontou.

O presidente da sigla relata também diálogos com o senador Cid Gomes (PDT), para que haja uma coligação entre as siglas em alguns municípios. As incertezas dentro do PDT interromperam as movimentações. “Esse ano eu conversei com o Cid, ele nos visitou mostrando o interesse do PDT, não vai mas ser o PDT pelo visto”, destacou.

Agora na base, Domingos destacou o processo de recomposição com o grupo de Elmano. O ex-vice-governador foi vice na chapa de Roberto Cláudio (PDT), derrotada ainda no primeiro turno pelo hoje governador.

Ele disse ter permanecido no grupo pedetista por “honra”, mas que já projetava a derrota. “Eu disse a todos os principais interlocutores do partido eu sei quem vai ganhar a eleição é o Elmano porque tem o Lula como candidato com 80% de voto no Ceará e o Camilo com quase isso em uma eleição quase casada puxando voto”, disse.