Gilmar Mendes vota para manter Zambelli ré no caso de perseguição com arma de fogo
Ministro relator do caso é contrário ao recurso da deputada federal, que tenta encerrar processo. Demais ministro têm até 24 de novembro para votar em plenário virtualO ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes votou para rejeitar recurso da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e, assim, mantê-la como ré em processo por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. Relator do caso, Mendes proferiu voto nesta sexta-feira, 17.
"A decisão de admissão da denúncia explicitou compreensão conforme a qual a existência do porte, nas circunstâncias fáticas narradas pela incoativa, pode não afastar a existência do delito”, escreveu Mendes.
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Zambelli foi denunciada pela Procuradoria Geral da República (PGR) por perseguir um apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na época candidato. O caso ocorreu em bairro nobre de São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições de 2022.
A PGR solicitou que o Supremo condenasse a deputada a pagar multa no valor de R$ 100 mil por danos morais coletivos. Aberta em agosto, a ação penal prevê também decreto de perda da arma usada na ocorrência e cancelamento do porte.
A defesa recorreu da decisão do STF de tornar a parlamentar ré no caso. De acordo com os advogados de Zambelli, o episódio não configuraria crime porque ela tem porte de arma. Já o relator defendeu a rejeição do recurso.
Se mantido, o julgamento da deputada pela conduta em si ainda será marcado. Enquanto isso, a votação do recurso ocorre em plenário virtual. Os ministros têm até 24 de novembro para inserir os votos.
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