Idilvan adota cautela com saída em massa do PDT por cartas de anuência: "Situção de risco"

O deputado disse ser leal ao senador Cid Gomes e apontou incoerência do grupo de André que deseja que a sigla seja oposição a Elmano no Ceará

O deputado federal Idilvan Alencar demonstrou cautela ao avaliar a possível saída dele e outros deputados do PDT diante do impasse entre as alas dentro da sigla. Ao POVO, nesta quinta-feira, 16, ele ressaltou o clima de incerteza e risco com uma possível desfiliação que poderia ser acompanhada da perda do mandato. 

Ele reverbera a fala do deputado federal André Figueiredo (PDT), presidente nacional do partido, prometendo que a sigla pedirá os mandatos dos deputados que entrarem na Justiça para tentar sair da legenda. Idilvan também pondera em relação à carta de anuência, concedida a ele e outros deputados em reunião presidida pelo senador Cid Gomes (PDT).

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"Quem tem cargo proporcional existe um cuidado. Vamos sair amanhã do partido? Não é assim, o André já disse que quem entrar com processo pedindo desfiliação ele vai pedir o mandato parlamentar e colocar em risco um mandato parlamentar, que nem é seu, é da população, não é algo inteligente", apontou.

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A posição de Idilvan é a de que seria preciso mais segurança jurídica que a carta de anuência para iniciar um processo de saída: "Situação de risco, enquanto não tiver uma segurança, eu não vou arriscar".

A concessão das cartas de anuência foi anulada pela executiva nacional do PDT, mas deputados aliados de Cid apostam na permissão para fazer uma consulta na Justiça nos moldes como fez o presidente da Assembleia Legislativa (Alece), Evandro Leitão (PDT). No caso dele, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE) entendeu que o parlamentar poderia se desfiliar sem perder o mandato.  

"Eu senti que houve um recuo a essa pauta temporária para o deputados, não foi abordado não foi tratado disso. Só os prefeitos porque quem tem cargo majoritário pode sair a qualquer momento", ressaltou. 

Idilvan considera que André tem boa atuação no Congresso Nacional, como líder do partido, mas que o processo eleitoral de 2022 "inviabilizou" sua liderança no Estado. "Ele dá espaço, dá voz de colocar nas comissões, mas, no Ceará, inviablizou a liderança dele no Estado, ficou difícil ele contornar isso", disse.

Em entrevista a Rádio O POVO CBN, ainda nesta quinta-feira, 16, Idilvan elogiou Cid e apontou incoerência do grupo de André que deseja que a sigla seja oposição ao governador Elmano de Freitas (PT) no Ceará. "Os prefeitos estão na base do Governo Elmano, o PDT vai ser oposição ao Elmano? Não vai. O PDT, inclusive, é tanto Elmano como Lula", disse. 

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