Guilherme quer que líder de Sarto explique na Alece falas sobre repasses à oncologia

Carlos Mesquita afirmou que o "corte que dizem que o município fez, foi um corte proposital para ver se o Estado se mancava e pagava a parte dele"

O deputado estadual Guilherme Sampaio (PT) disse nesta quinta-feira, 16, que pretende discutir a possibilidade de o vereador Carlos Mesquita (PDT) ser convidado à Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) para dar explicações sobre o pronunciamento feito à tribuna da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor).

Mesquita, que é líder do governo José Sarto no Legislativo municipal, afirmou que a Prefeitura de Fortaleza cortou propositalmente repasses para o Centro Regional Integrado de Oncologia (Crio) como modo de passar recado ao governador Elmano de Freitas (PT).

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"O que o governo dava para o Crio (Centro Regional Integrado de Oncologia) fazer oncologia? Zero. A Prefeitura arcava com tudo. Aí o corte que dizem que o município fez, foi um corte proposital para ver se o Estado se mancava e pagava a parte dele. E não teve esse 'semancol' e não pagou. Mesmo com esse apelo aqui, com essas falas, o estado não pagou. O Sarto foi lá aditivar o contrato para pagar o que o estado não estava pagando", afirmou Mesquita, em fala de forte repercussão entre governistas e opositores da administração municipal.

Guilheme Sampaio fazia pronunciamento na tribuna quando ouviu de Cláudio Pinho (PDT) a sugestão de que convites fossem feitos ou ao secretário de Saúde, Galeno Taumaturgo, ou ao próprio prefeito, José Sarto (PDT).

"Deputado Claudio Pinho, eu não tenho todos os votos, mas quero começar pelo vereador Carlos Mesquita. Vossa excelência me apoia?", retrucou Sampaio.

Cláudio Pinho, aliado de Sarto e opositor a Elmano, disse que sim.

O POVO consultou o Departamento Legislativo da Alece para obter informações quanto à possibilidade de convocações serem feitas. A resposta da Casa foi de que o limite das ações neste sentido para parlamentares como o vereador Carlos Mesquita é somente o convite, ao qual ele não ter obrigação de comparecer.

"Em razão da gravidade do que foi revelado, penso que essa apuração deve ser imediata e rigorosa, na forma da lei, começando pelos órgãos que tem a atribuição legal de fiscalizar a Prefeitura e o cumprimento da legislação: a Câmara Municipal e Ministério Público. O que foi afirmado, se comprovado, constitui um crime de improbidade. Penso que a saúde e a vida das pessoas não pode ser objeto de exploração política de nenhum tipo. Por isso, é apurar e punir de forma séria, com rigor, sem acrescentar mais exploração política ao que já foi denunciado. E se a Assembleia puder colaborar, não devemos nos omitir", escreveu ao O POVO o deputado Guilherme Sampaio.

Em nota sobre o assunto, a Prefeitura de Fortaleza respondeu que a fala de Mesquita não condiz com os fatos. A gestão enfatiza que tem ampliado os repasses para o Crio e que 60% dos pacientes são do Interior.

Confira a nota na íntegra:

A declaração do vereador não condiz com os fatos. A Prefeitura de Fortaleza tem custo anual de R$ 133,8 milhões com o tratamento de pacientes com câncer. No último mês, o Município ampliou em R$ 3,6 milhões o repasse anual para o Centro Regional Integrado de Oncologia (Crio). Atualmente, 60% dos pacientes oncológicos atendidos na rede conveniada pelo município de Fortaleza são do interior. Esses tratamentos são financiados com recursos da Prefeitura de Fortaleza e do Governo Federal.

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