Em meio à crise por visita de "dama do tráfico", Silvio Almeida cumpre agenda no Ceará
Ministério e Alece assinam acordo de cooperação técnica de prevenção a violência nesta sexta-feira, 17
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Sílvio Almeida, visita o Ceará nesta sexta-feira, 17, para assinar Acordo de Cooperação Técnica entre a pasta e a Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
A atividade ocorre em momento de crise após a visita à pasta de Luciane Barros Farias — conhecida como "dama do tráfico amazonense" e esposa de Tio Patinhas, líder do Comando Vermelho no Amazonas —, e de demais participantes a um encontro de comitês do ministério.
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A parceria entre a Alece e o ministério tem objetivo de prevenção da violência no Brasil. No acordo, a casa legislativa fornecerá informações e tecnologia para a criação do Sistema Nacional de Atenção e Proteção dos Direitos Humanos de Vítimas de Violência Armada, para aplicação em todo o país.
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O sistema tem objetivo de construir uma base de dados sobre homicídios de crianças e adolescentes, a fim de ter um diagnóstico nacional da situação e poder viabilizar políticas públicas de combate à violência na população infantojuvenil. O documento também prevê uma agenda de prevenção de homicídios de adolescentes no município, no estado e em todo o país.
Silvio Almeida ainda irá se reunir com o deputado estadual Renato Roseno (Psol) e representantes de instituições parceiras do programa. Uma comitiva da pasta também visitará unidades socioeducativas em ação do projeto “Caravana dos Direitos Humanos”.
Essa é a quarta visita em dois meses do ministro ao Ceará. Ele já participou de reunião na Alece, de palestra na Expo Favela Innovation, assim como a assinatura Secretaria da Igualdade Racial do Ceará e a Universidade Federal do Ceará, nos Encontros Universitários.
Pedido de Impeachment
A visita de Silvio Almeida ao Ceará ocorre após deputados da oposição ao governo Lula pedirem o impeachment do ministro, devido à confirmação de que o ministério dos Direitos Humanos pagou passagens e a acomodação de Luciane Barros Farias, conhecida como “dama do tráfico”, e esposa do líder do Comando Vermelho no Amazonas.
Segundo a pasta, foram pagas as estadias de todos os participantes do Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura, em que Luciane esteve presente. O ministério ainda afirmou que os eventos aconteceram sem a necessidade de autorização do ministro, uma vez que os Comitês possuem autonomia na gestão dos recursos e na indicação dos participantes.