Lula diz que Dino é alvo de ataques "plantados" no caso da "dama do tráfico"

Ministro negou encontro, mas parlamentares acionaram a PGR para investigar a pasta

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse  nesta quarta-feira, 15, acreditar que o ministro Flávio Dino (PSB) tem sido alvo de "absurdos ataques artificialmente plantados" após acusações da membros da oposição de que o titular da Justiça se encontrou com Luciane Barbosa Farias, conhecida como “Dama do Tráfico amazonense”. Ela esteve na sede da pasta em duas ocasiões, em março e em maio, com secretários de Dino.

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"Minha solidariedade ao ministro Flavio Dino que vem sendo alvo de absurdos ataques artificialmente plantados. Ele já disse e reiterou que jamais encontrou com esposa de líder de facção criminosa. Não há uma foto sequer, mas há vários dias insistem na disparatada mentira", afirmou Lula.

"Essas ações despertam muitos adversários, que não se conformam com a perda de dinheiro e dos espaços para suas atuações criminosas. Daí nascem as fake news difundidas numa clara ação coordenada", apontou.

O próprio ministro já tinha usado as redes sociais para negar que tenha se encontrado com a mulher. "Nunca recebi, em audiência no Ministério da Justiça, líder de facção criminosa, ou esposa, ou parente, ou vizinho. De modo absurdo, simplesmente inventaram a minha presença em uma audiência que não se realizou em meu gabinete. Sobre a audiência, em outro local, sem o meu conhecimento ou presença, vejam a verdadeira história do Elias Vaz (secretário da pasta). Lendo lá, verificarão que não é o que estão dizendo por conta de vil politicagem”, explicou Dino. 

A mulher mencionada como "dama do tráfico" é esposa de Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, líder da facção Comando Vermelho (CV) no Amazonas, que cumpre pena de 31 anos na unidade prisional de Tefé, no estado. Luciane também foi sentenciada a dez anos, no entanto, responde em liberdade.

Parlamentares reagiram ao caso, e o deputado Amom Mandel (Cidadania-AM) acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o órgão investigue a pasta. O secretário de Assuntos Legislativos no ministério, Elias Vaz, informou que no dia 14 de março recebeu um pedido de audiência feito pela ex-deputada estadual, Janira Rocha. Posteriormente, no dia 16 de março, a parlamentar teria ido à pasta e levado Luciane como sua acompanhante.

“Ela se limitou a falar sobre supostas irregularidades no sistema penitenciário. Repudio qualquer envolvimento abjeto e politiqueiro do meu nome com atividades criminosas”, disse Elias.


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