Manifestação pró-Bolsonaro em Fortaleza tem baixa participação

Ato foi realizado no feriado de Proclamação da República. Os manifestantes pediam pela destituição de Lula e o fechamento do STF

20:54 | Nov. 15, 2023

Por: Isabelle Maciel
Manifestantes bolsonaristas foram à Praça Portugal (foto: Reprodução Youtube Regina Villela)

Manifestantes bolsonaristas se reuniram na tarde desta quarta-feira, 14, na Praça Portugal, na Aldeota, e pediam pela saída de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da Presidência da República, assim como a “derrubada” do Supremo Tribunal Federal (STF). O ato foi realizado na data em que é celebrada a Proclamação da República.

Regina Villela, candidata a deputada federal no Ceará nas eleições de 2022 pelo MDB, realizou transmissão ao vivo da manifestação nas redes sociais, e afirmou que o Senado tem poder de “frear as tiranias do STF”. “Vocês têm que agir”, argumentou.

A ex-candidata também mostrou um cartaz nas suas costas, que chamou de “capa”, escrito “Inimigos do Brasil: Governo PT, Congresso Nacional e STF“. “É esse o recado que nós estamos mandando para Brasília, para vocês entenderem que vocês estão transformando o Brasil em um país comunista, mas nós não vamos permitir”, criticou Villela.

O MDB, partido em que Villella foi candidata, faz parte da base do governo petista, tanto no ministério do Planejamento, com Simone Tebet (MDB), quanto no Ceará, com o apoio do deputado federal Eunício Oliveira (MDB).

As manifestações contra Lula e o STF também foram realizadas em outras cidades do Brasil, em atos esvaziados, assim como em Fortaleza. Uma das justificativas é o medo pelas punições judiciais do 8 de janeiro, em que golpistas depredaram as sedes dos três poderes.

Os envolvidos estão em julgamento no STF, que já realizou as primeiras condenações, definindo de 14 a 17 anos de prisão para alguns dos classificados como “executores” do ato.

No relatório apresentado na Comissão Mista Parlamentar (CPMI) do 8 de janeiro, a senadora e relatora do caso, Eliziane Gama (Cidadania), indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 60 pessoas por crimes de golpe de estado, associação criminosa, entre outros.