Figueiredo sobre futuro do PDT: "é melhor numa Kombi do que num trem descarrilhado"

O deputado afirmou que a convocatória de Cid Gomes aos prefeitos para que estejam no Hotel Grand Marquise, às 15 horas desta terça-feira, 14, é um ato que remonta ao período do coronelismo

18:00 | Nov. 13, 2023

Por: Carlos Holanda
André afirmou que não crê mais na viabilidade de Cid no PDT, pois ele atuaria para destruir a sigla em várias dimensões (foto: Reprodução/Youtube O POVO)

Presidente nacional em exercício do PDT, André Figueiredo minimiza impactos da debandada do partido liderada pelo senador Cid Gomes (PDT). No cenário mais pessimista para o grupo do deputado federal no partido, a agremiação ficaria com três deputados estaduais, a Prefeitura de Fortaleza e de demais municípios ainda não quantificados, um deputado federal, "um ex-prefeito do naipe de Roberto Cláudio" e "um grande quadro da política nacional do naipe de Ciro Gomes".

"Então, o PDT está muito bem. Pode caber num Fusca, numa Kombi, mas é melhor numa Kombi com todo mundo se confraternizando do que num trem descarrilhado que não sabe em qual estação vai parar, com todo mundo brigando dentro", comparou Figueiredo em entrevista à Rádio O POVO CBN, na tarde desta segunda-feira, 13.

A referência automotiva de Figueiredo é a uma fala da deputada estadual Lia Gomes (PDT), irmã Cid e Ciro que escolheu ficar ao lado do senador na disputa pedetista e afirmou que poucos restarão no partido em caso de debandada.

"Penso que o André quer hoje que o grupo majoritário, sem se importar se o PDT vai ficar para caber dentro de um fusca, mas se couber dentro de um fusca, será por esse grupinho de três deputados estaduais, um federal e um prefeito. O partido que é o maior do Estado passaria a caber dentro de um fusca. Mas esse fusca seria 100% dominado por ele", afirmou Lia no início de outubro.

O deputado afirmou que a convocatória de Cid Gomes aos prefeitos para que estejam no Hotel Grand Marquise, às 15 horas desta terça-feira, 14, é um ato que remonta ao período do coronelismo. "Vários entraram em contato conosco, uma situação realmente lamentável, dizendo que quem ficar no PDT vai ter a inimizade do Governo do Estado. Isso é absolutamente repugnante, época dos mais perversos tempos do coronelismo na política."

Na mesma entrevista, Figueiredo disse não ver mais Cid dentro do PDT. O que ele está fazendo é destruir o partido, seja na imagem negativa nos noticiários, seja na pressão indevida sobre nossos parlamentares e nossos prefeitos. Então, não tem mais como ele ficar", afirmou.

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