André quer buscar mandatos de quem pedir carta de anuência no PDT: "Não ficaremos na defensiva"

Presidente nacional interino do partido, André Figueiredo informou que o partido não apenas irá contestar judicialmente eventuais pedidos de desfiliação, mas que vai requerer os mandatos desses parlamentares por "infidelidade partidária"

O deputado federal André Figueiredo, presidente nacional interino do PDT, reiterou que as cartas de anuência concedidas a filiados pelo diretório cearense do partido comandado pelo senador Cid Gomes, são “nulas” e informou que a sigla não apenas irá contestar judicialmente eventuais pedidos de desfiliação, mas que vai requerer os mandatos de parlamentares por infidelidade partidária.

A declaração ocorreu em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira, 10, em evento na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), que contou com a presença de pedetistas como o ex-ministro Ciro Gomes, o prefeito de Fortaleza, José Sarto, e o ex-prefeito da Capital Roberto Cláudio.

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“As cartas de anuência eu já declarei que são nulas. Desde a do presidente (da Assembleia Legislativa) Evandro Leitão. Nós vamos recorrer, evidentemente que cada deputado que tiver essa carta, é porque foram (…) creio eu, foram emitidas cartas de anuência até para quem não precisa. Prefeito não precisa de carta de anuência”, disse em referência a reunião comandada por Cid que aprovou dezenas de cartas de anuência para filiados nesta semana.

Sobre a postura da Nacional, que aprovou intervenção no Ceará e afastou Cid, André foi enfático ao afirmar que: “Qualquer parlamentar que se utilizar de uma carta de anuência nula, para pedir desfiliação por justa causa, o partido não vai apenas contestar, mas vai requerer, de imediato, o mandato daquele parlamentar por infidelidade partidária. Não ficaremos apenas na defensiva”, reforçou o parlamentar cearense.

Questionado ainda sobre fala do senador Cid Gomes afirmando que não atenderia mais ligações de André ou do presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, porque não os respeita mais, André disse já estar “acostumado” com a situação.

“Ano passado, na eleição do Robertinho (RC), tentei ligar várias vezes e o senador não atendia ninguém. Só queria dizer o seguinte, como disse o Flávio (Torres), eu atendo o telefone de todo mundo. Só tenho a lamentar a postura do senador. Se ele não nos respeita, a recíproca não é verdadeira, eu continuo respeitando ele.

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