Grupo de Cid entrará na Justiça para questionar processo de intervenção do PDT Nacional

Senador trava batalha com o grupo do deputado André Figueiredo pela presidência do PDT no Ceará

10:47 | Nov. 10, 2023

Por: Júlia Duarte
Cid se reuniu no fim do dia com aliados em Fortaleza (foto: Divulgação)

O senador Cid Gomes (PDT) afirmou nesta quinta-feira, 9, que seu grupo entrará na Justiça para questionar o processo do Comissão Nacional de Ética da da sigla que confirmou a intervenção no diretório do PDT no Ceará. O relatório da comissão foi aprovado e afastou Cid da presidência do partido no Estado.

"Devemos dar entrada hoje numa ação judicial pedindo a nulidade de um processo que foi feito de forma completamente irregular ilegal da Comissão de Ética. No dia 27, foi votada a intervenção no PDT, depois que eles cuidaram de instituir um processo. Até hoje ninguém sabe o motivo", afirmou. A fala aconteceu após reunião do senador com seus aliados na noite de quinta-feira. 

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O senador menciona a reunião do dia 27 de outubro que ocorreu no Rio de Janeiro. Na data, a Executiva Nacional do PDT decidiu abrir um processo de intervenção no comando do partido no Ceará. Apenas Cid foi contra a abertura do processo. Nesta quinta-feira, a Executiva Nacional do PDT aprovou por unanimidade o processo e determinou a nomeação de uma comissão provisória com 13 integrantes.

A decisão destacou o descumprimento de medidas do Estatuto do PDT, incluindo a reunião da última quarta-feira, 8, quando foram aprovadas várias cartas de anuência para parlamentares aliados de Cid Gomes poderem deixar o partido sem a perda de mandatos.

O grupo do senador questionou que haveria uma determinação judicial para que a instância nacional se "prive" de criar comissões provisórias. Ele ressalta que no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), seu nome ainda aparece como presidente do PDT Ceará, com mandato até 31 de dezembro. 

"Nós vamos demonstrar os vícios que essa Comissão de Ética e esse processo todo cometeu. Vamos demonstrar em juízo. Porventura se houver uma oficialização da Justiça Eleitoral de que houve uma intervenção nós ingressaremos com outra", apontou ainda.