PF prende 2 suspeitos de ligação com o Hezbollah que estariam planejando ataques no Brasil
De acordo com investigadores, o grupo organizava atentados terroristas contra a comunidade judaica brasileiraA Polícia Federal (PF) realizou a operação "Trapiche" nesta quarta-feira, 8, mirando suspeitos de ligação com o grupo extremista libanês Hezbollah, que estariam planejando atentados no Brasil. Dois homens foram presos e 11 mandados de busca e apreensão cumpridos nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal.
A investigação da PF aponta que o grupo planejava realizar atentados contra prédios da comunidade judaica no Brasil, incluindo sinagogas.
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De acordo com os investigadores da operação, os envolvidos foram aliciados e eram financiados pelo Hezbollah. Os detidos são brasileiros. Há outros dois mandados de prisão abertos contra outros duas pessoas que estão no Líbano.
O grupo extremista é aliado ao Hamas, que está em guerra com Israel, à qual completou um mês na última terça-feira, 7. O Hezbollah também participou de embates na fronteira do Líbano com Israel.
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Um dos presos foi detido no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, ao chegar de uma viagem vinda do Líbano. A PF considera que ele já chegou com informações para praticar os ataques. O outro foi preso em São Paulo.
Os envolvidos no planejamento dos atentados, tanto recrutadores como recrutados, devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organizações terroristas e de realizar atos preparatórios de terrorismo. As penas podem chegar a 15 anos e 6 meses de detenção.
Alvos no Líbano
Segundo o portal G1, a PF acionou a Interpol para prender outros dois brasileiros que estão no Líbano e são investigados no bojo da Operação Trapiche. Os investigadores constataram inclusive que alguns dos suspeitos viajaram para Beirute, para encontros com o Hezbollah. As apurações tiveram início com informações colhidas pela inteligência dos Estados Unidos e de Israel.