Em meio de embate sobre esgoto, líder de Elmano critica situação fiscal de Fortaleza
Na última semana, Prefeitura e Governo do Estado entraram em divergência sobre irregularidades no esgotamento da Praia de IracemaLíder do governo Elmano de Freitas (PT), o deputado estadual Romeu Aldigueri (PDT) criticou a queda de Fortaleza no Índice Firjan de Gestão Fiscal, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que avalia a gestão fiscal dos municípios brasileiros.
O parlamentar afirmou que os “11 anos no poder, durante os quais a gestão fiscal se tornou problemática”, em menção não só a José Sarto (PDT), atual mandatário da Capital, mas também a seu antecessor Roberto Cláudio (PDT).
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“A gestão municipal da Prefeitura de Fortaleza tem enfrentado dificuldades significativas que afetaram a cidade de maneira substancial. A administração atual está há 11 anos no poder, durante os quais a gestão fiscal se tornou problemática”, afirmou em publicação no último domingo, 5.
E seguiu: “Um montante considerável de empréstimos, totalizando 1,2 bilhão (de reais), foi adquirido, enquanto o orçamento anual da cidade atinge 12 bilhões de reais. O sucessor do atual prefeito enfrentará uma cidade em situação financeira bastante delicada”.
Ao longo de 2023, Sarto conseguiu autorização da Câmara Municipal para contrair empréstimos que, segundo a gestão, serão usados principalmente em obras.
O lider de Elmano alfineta também a parte política do grupo de Sarto. “Além das questões fiscais, a administração atual não obteve aprovação política e enfrentou críticas sociais por não atender adequadamente às necessidades da população”.
Ele menciona a questão da saúde, que foi ponto de atrito entre as gestões anteriormente, com a superlotação de hospitais estaduais em Fortaleza, que se daria pelo fechamento de unidades municipais, algo que Sarto negou.
A crítica também menciona a tentativa de reeleição de Sarto. “Considerando que 2023 será um ano eleitoral e os gastos tendem a elevar-se em função da tentativa de reeleição do atual mandatário. Considerando o descontrole de 2022 para 2023. Podemos ter um índice pior ainda do que já tivemos. A luz amarela que já está piscando pode ficar vermelha”, acrescentou.
A fala de Aldigueri ocorre dias após o prefeito citar diretamente a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) como uma das responsáveis por ligações clandestinas que resultaram em aumento da poluição do mar em Fortaleza.
Em relatório feito pela gestão municipal, inspeções identificaram ao menos 26 ligações irregulares da companhia à rede de drenagem nas regiões da Praia de Iracema, Poço da Draga e Riacho Maceió, no bairro Papicu. A Cagece se defendeu das acusações e afirmou que não há nenhuma irregularidade nos sistemas de esgotamento sanitário da região da Beira-Mar da capital, que estão funcionando normalmente.