Janja diz que conversa com Lula sobre a gestão: "Se estou incomodada, questiono"

Janja falou ainda sobre o desejo de ter um gabinete para ela no Palácio do Planalto, contudo, a ideia foi descartada por conselheiros de Lula, que temem a reação da oposição

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, afirmou que dialoga com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acerca das ações do Governo Federal, mesmo que não participe das reuniões do petista junto aos ministros da gestão. Ela revelou ainda que, quando se sente incomodada com algo, faz questão de questionar.

Janja disse que não ocupa os “espaços de decisão” dos encontros de Lula com a comitiva dele, no entanto, ressaltou que dentro de casa ambos falam sobre política. Nas declarações, feitas à revista "Ela", a petista alfinetou a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, afirmando: “Não é porque eu sou mulher do presidente que eu vou falar só de marca de batom”.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

“Minhas conversas com o presidente são dentro de casa, no nosso dia a dia, no fim de semana, quando a gente toma uma cerveja. Quando estou incomodada, vou lá e questiono. Não é porque eu sou mulher do presidente que eu vou falar só de marca de batom”, disse.

Janja falou ainda sobre o desejo de ter um gabinete para ela no Palácio do Planalto, contudo, a ideia foi descartada por conselheiros de Lula, que temem a reação da oposição.

“Vou continuar ao lado do presidente, porque acho que é esse o papel que tenho que desempenhar. Não é uma questão de ser eleita ou não. Existem ministros que concorreram e ganharam a eleição ao Senado ou à Câmara, mas a maioria não foi eleita e está lá. Falam muito de eu não ter um gabinete, mas precisamos recolocar essa questão. Nos EUA, a primeira-dama tem. Tem também agenda, protagonismo, e ninguém questiona. Por que se questiona no Brasil? Vou continuar fazendo o que acho correto. Sei os limites. Eu quero saber das discussões, me informar, não quero ouvir de terceiros”, acrescentou.

Em relação à representatividade feminina no governo, Janja afirmou que mantém “fortes” debates com Lula para que as mulheres ocupem cargos de destaque, no entanto, ela reforçou que demissões “fazem parte”, em alusão às três mulheres em lideranças na gestão terem sido destituídas de seus cargos para dar lugar ao centrão. Foram elas:

  • A ex-presidente da Caixa Rita Serrano, substituída pelo economista Carlos Antônio Vieira
  • Daniela Carneiro, então ministra do Turismo, foi demitida para que Celso Sabino  ocupasse o cargo
  • Ana Moser, ex-ministra dos Esportes, foi substituída por André Fufuca

Janja disse ainda que não aceita andar “atrás” de Lula porque seu lugar é “ao lado dele”, o que, segundo ela, o presidente faz questão. A primeira-dama revelou que mantém maior proximidade com as ministras das Mulheres, Cida Gonçalves, e da Igualdade Racial, Anielle Franco. Ela comentou ainda que tem como inspiração a ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama.

“Michelle Obama. Não tem como não falar dela. Tem tantas mulheres que participaram da História do Brasil e estão ocultas, desde Maria Quitéria, Anita Garibaldi, Berta Lutz, que assinou a declaração universal dos direitos humanos na ONU”, concluiu.

Siga o canal de Política do O POVO no WhatsApp 


Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

janja. gabinete michelle bolsonaro primeira-dama

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar