Camilo diz que não há interferência do governo nas questões do Enem
Bancada do agronegócio solicitou a anulação de três questões do exame que debatiam sobre o setorO ministro da Educação, Camilo Santana, disse nesta segunda-feira, 6, que não irá entrar no “debate de questões ideológicas”, após a bancada do agronegócio do Congresso Nacional pedir a anulação de três questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado no domingo, 5. O grupo também afirmou que irá apresentar requerimento de convocação do ministro.
“Não há nenhuma interferência por parte do governo na elaboração das questões da prova. Isso é feito de uma forma profissional, por professores de universidades, da educação básica, que tem toda autonomia para elaborar as provas do Enem. Então, nós não vamos entrar nesse debate de questões ideológicas”, comentou Camilo.
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A fala é em resposta ao pedido de explicações da Frente Parlamentar da Agropecuária (FBA), que em nota divulgada, criticou três questões do Enem que abordavam o agronegócio no Cerrado, a corrida espacial dos bilionários, e o avanço da cultura da soja frente ao desmatamento da Amazônia.
“São mal formuladas, de comprovação unicamente ideológica”, criticaram parlamentares. Eles afirmaram que as questões possibilitam que “o aluno marque qualquer resposta, dependendo do seu ponto de vista”.
O grupo ainda completa afirmando que irá solicitar dados da banca organizadora da edição do Enem em 2023, assim como referências bibliográficas utilizadas na elaboração da prova.
Vazamento de fotos do Enem
Sobre o vazamento da prova durante a realização do Enem, tendo em vista que é proibido o uso de celulares na prova, Camilo disse que o Ministério não irá cancelar o exame e que a Polícia Federal e o ministério da Justiça foram acionados no caso.
“Pelo fato ocorrido nós acionamos a Polícia Federal, Ministério da Justiça, eles fizeram algumas diligências e estão aprofundando as investigações”, comentou, acrescentando que “as imagens da prova que circularam foi após os portões já estarem fechados”.
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